Sua opinião da escola americana

Provei algumas da Brooklyn (Lager, Brown Ale, East IPA) e são ótimas cervejas. Bem equilibradas e saborosas, com boa presença de lúpulos no aroma e no sabor/amargor. Lembrando que Garret Oliver é um crítico da mania de ultra-lupular cervejas. As da Anchor (Steam Beer, Liberty Ale) também me agradaram.

Há quem questione, com certo fundamento, se o movimento americano seria de fato uma escola cervejeira ou apenas uma reinterpretação (em geral, mais lupulada/alcoólica) de estilos europeus pré-existentes.

Os EUA são um país de extremos mesmo. Produzem algumas das cervejas mais leves e insípidas do planeta e outras das mais ricas e criativas.

Em primeiro lugar cito um velho chavão:"Cerveja boa é boa,não importa de onde vem",mas a nova escola americana está conseguindo melhorar o que já é bom,já provei algumas da Brooklyn,Anchor,Anderson Valley,Samuel Adams,Sixpoint,North Coast,todas saborosas e bem feitas;com certeza será ou já é a favorita entre os apreciadores.

Jonathan George escreveu: Uma coisa que me interessa do mercado brasileiro é o crescimento das cervejas americanas. Lembro quatro anos atrás durante minhas viagens para Rio Grande do Sul, São Paulo, e Rio, quase não influência com estilos americans nas cervejas brasileiras, e não importações. Agora, parece que as americanas estão o sabor da semana. Black IPA's de Bodebrown, Invicta, e Duas Cabeças, por exemplo. E também as americanas Founders, Lagunitas, North Coast, e mais.

Sendo da Califórnia, gostaria ouvir sua opinião da escola americana. Que faz as americanas mágica pra você? Ou talvez não gosta os lúpulos, também esse é legal. Repostas podem escrito em inglês ou português (meu português é uma pouca fraca, mas vou tentar).

Oi Jonathan, estive aí nos States (Miami) mês passado e pude provar vários rótulos de várias cervejarias, e realmente, as cervas americanas, tem seu valor e suas peculiaridades.
Já havia provado algumas da Brooklyn e e curtido muito, além das Founders cujo lupulo Cascade é muito caracteristico, mas chegando aí, pude provar outros rótulos de cervejarias que nem conhecia, com as IPAs da Lagunitas (que gostei muito), Abbey Brewing (no pub da propria cervejaria, que tambem não conhecia), Beck & Co, North Coast, Florida Beer, Goose Island Brewery, Magic Hat, Stone Brewing (extremamente arrogante, kkkk), a Dogfish Head (que queria muito provar alguns rotulos e consegui por um preço absurdamente baixo em relacao ao Brasil), Samuel Adams( que não podia deixar de provar, mesmo já conhecendo de longa data), Anchor, Lost Coast (a que mais surpreendente pra mim), etc...
Abraço!!!

O que me chama a atenção na escola americana é a quantidade de rótulos diferentes!

Para quem gosta de lúpulo a escola americana está agradando e muito. Muitas rótulos diferentes e de qualidade.

Podemos dizer que o Brasil ainda está sendo apresentado às cervejas americanas. Faz pouco tempo que temos boa variedade de rótulos, e sobretudo boa variedade de estilos. As cervejarias americanas hoje vão muito, muito além de IPAs e brejas lupuladas, mas o mercado brasileiro ainda tem essa associação bem forte. Provei sours americanas incríveis, provei old ales de botar medo (no bom sentido), provei saisons extraordinárias, barrel-aged beers de beber de joelhos, sem contar as imperial stouts. Nem todas muito lupuladas.

Acho errado falar hoje em "escola americana", o que temos é uma enorme "escola globalizada" da "revolução artesanal", que foi historicamente capitaneada pelas inovações das cervejarias norte-americanas, mas que hoje se estende muito além das suas fronteiras.

Acho que o Brasil está vivendo um hop craze atualmente, que sinceramente já me cansou. Temos uma tradição em estilos alemães que está sendo praticamente esquecida em favor das American pale ales e IPAs (quase invariavelmente de estilo americano). Eu prezo sempre pela diversidade, então tenho um pezinho atrás com essa invasão protagonizada pelos lúpulos americanos.

P.S.: bom te ver por aqui, Jon! Faço coro à pergunta do Marcelo: tem planos de vir ao Brasil novamente? Precisamos botar o papo em dia!