Problema

Fala Galera!

Fiquei pensando, num dos grandes - senão o maior - problema da beerevangelização são os termos.

Deus, até o termo que nomeia o processo já é enorme e 'difícil', quem dirá o resto!

Gueze, Munich Helles, Weizenbock, Doppelbock, Indian Pale Ale, Bohemian Pilsner, Lambic, Barley Wine e outros...

Toda [strike]maldita[/strike] vez que vou tentar mostrar uma boa breja pra alguém e lembro de falar o estilo recaio nesse problema. Alguém mais percebe isso?

olha que coisa, virei platinum!

Eu não costumo falar do estilo, a não ser quando percebo que a pessoa se interessa, ou quando é um estilo que vá dizer alguma coisa para ela, tipo "esta é uma cerveja bock de trigo". Mais isso porque a pessoa já tem uma ideia do que é uma bock e do que é uma cerveja de trigo, e poderá ficar instigada se souber que existe um tipo de cerveja que mistura as duas coisas. Na maior parte dos casos, digo apenas a origem (as pessoas têm fetiche por saber de onde veio cada cerveja) e as características sensoriais mais importantes: "esta é uma cerveja belga, ela é bem alcoólica, tem um malte caramelado e talvez vc sinta toques frutados".

Quem entende sabe que estou falando de uma Belgian dark strong ale; para quem está apenas começando a despertar para a existência de cervejas diferentes, o nome do estilo é uma informação pouco útil - é mais importante saber que uma cerveja pode ser caramelada, bem alcoólica e frutada, por exemplo.

Ah, e jamais menciono a palavra "beerevangelização". Senão capaz de acharem que vc é religioso. Mais fácil dizer "vou te mostrar umas cervejas diferentes".

Eu costumo sofrer esse problema constantemente.. as vezes dá vontade de contar sobre o estilo da cerveja, história, origem.. Mas as pessoas vem com o mesmo discurso, que o que é bom é as nossa comerciais bem geladas..

Sofro com a palavra "degustação" e com o valor das brejas também.. costumam dizer que é coisa de fresco..

Ai isso me lembra um termo que o Confrade Denny Minerim usou em algum tópico.. "cervochato" ou "cervofresco"..

Realmente é um problema.. mas vou começar a seguir a dica do Confrade Marcussi, comentar apenas para aquelas pessoas que entendem, ou usar "sinôminos superficiais" para descrever alguma breja..

É importante termos em mente que não temos a "obrigação" de sair por aí "beerevangelizando" ninguém. Quando percebemos que alguém demonstra algum interessa sobre cervejas "diferentes", então é um sinal que podemos começar nossa "cruzada".

FiL Crux escreveu:

É importante termos em mente que não temos a "obrigação" de sair por aí "beerevangelizando" ninguém. Quando percebemos que alguém demonstra algum interessa sobre cervejas "diferentes", então é um sinal que podemos começar nossa "cruzada".

Eu penso da mesma forma.
Já consegui "beerenvangelizar" um sobrinho e um camarada meu.
Mas não fico tentando fazer o mesmo com outras pessoas.
Quando alguem pergunta pq eu tomo brejas diferentes, explico, se não fico de boa.

Esse é um problema mesmo. As vezes somo até tomados por esnobes ou coisa parecida. É por isso que quando vou num churrasco ou festa, nunca deixa de tomar umas bcb´s com os amigos. E pra mim a melhor maneira de divulgar a cultura cervejeira é simplesmente tomando as cervejas especiais quando elas estiverem disponíveis.