Já até trocamos essa idéia
aqui.
No caso do Renato na Devassa, eu diria pro cara, "pra começo de conversa, nenhum produto feito dentro de uma indústria com CNPJ é artesanal, você está, inclusive, desqualificando o mestre cervejeiro de lá, ele não é um artesão, ele é um profissional técnico e acredito que tenha várias qualificações no segmento. E até onde sei a Devassa é uma cervejaria muito bem equipada e até grandinha, principalmente depois que o Grupo Schincariol a comprou, portanto você já começou falando merda dai..."
No caso do Irineu eu daria uma de cervochato, "ninguém reclama porque ninguém entende, logo sua justificativa não é válida, mas eu entendo e muito, provavelmente muito mais que o senhor. Tem noção de quantas cervejas iguais a esta eu já bebi na minha vida ?"
Pois bem, se fosse um vinho trocavam sem pestanejar, porque nesse ponto os enófilos souberam fazer valer seus direitos e criaram essa cultura. Enquanto ficarmos só na reclamação e no "nunca mais voltei lá" isso será eterno. É preciso exigir. Dá uma trabalheira danada, mas se o cara do bar for irredutível o jeito é chamar a polícia, fazer um BO dizendo que está sendo obrigado a pagar por um produto que não consumiu porque estava estragado e depois baixar no Procon, Pequenas Causas, etc. A princípio pode não dar em nada, mas quanto mais pessoas tomarem atitudes desse tipo, mais os donos de bares e restaurantes vão se conscientizar que a troca da cerveja estragada deve ser um hábito como é no caso do vinho.
E a culpa é da merda da data de validade também, que "garante" um produto íntegro até determinado dia, independente dele ter congelado e descongelado mil vezes, ter ficado exposto a calor extremo durante meses seguidos, etc. É claro que muitos donos de bares e restaurantes vão usar desse argumento que "é uma cerveja diferente e está dentro da data de validade, portanto está perfeita."