Espuma branca, com média densidade e boa estabilidade. Líquido filtrado, ambar acobreado. No aroma, notas de malte, caramelo e pão, com cítrico em segundo plano. O mesmo se repete no sabor, com corpo médio-baixo. Amargor médio-baixo. Aftertaste iniciando doce, levemente seco e com pequeno amargor residual. Fica um pouco fora do estilo, uma vez que a predominância deve ser do lúpulo com suporte do malte.
Esta Insana American Pale Ale é do estilo American Ale, sub-estilo American Pale Ale, que caracteriza cervejas de alta fermentação, claras e de belo creme, que utilizam lúpulos de variedade americanas (conhecidos por seu intenso aroma cítrico). Apresentam um forte aroma e sabor de lúpulo com equilíbrio tendendo ao amargor, apesar da boa base maltada. O corpo é geralmente leve e a carbonatação é moderada. Diferem das AAA - American Amber Ale que são um pouco mais escuras (por conta do malte utilizado) e tem menos lúpulo. Diz-se ainda que de modo geral o estilo APA é uma versão mais suave daquele praticado na Inglaterra.
Foi lançada no 1º Mondial de La Bière do Brasil (Rio de Janeiro, entre 14 e 17 de novembro de 2013), sendo considerada pela cervejaria como uma superpremium.
É produzida pela Cervejaria Insana, instalada na cidade de Palmas (sul do Paraná). Foi criada em 2005 por 3 cervejeiros caseiros (Pedro Reis, Evandro Marini e Francelo Carraro) que começaram a produzir para consumo próprio e de familiares. Com o passar do tempo o hobby foi transformado em negócio. Instalada em uma área rural afastada do centro da cidade a Insana conta com uma área de 30.000m² sendo 750m² de área construída e disponibiliza um espaço para recepção de clientes, um amplo jardim e belas paisagens. Há planos de uma visitação guiada pela fábrica. Do portfólio já degustei a Chocolate Porter e a Weizen.
Validade junho/2014. A garrafa é de 500 ml, cor marrom, com nova identidade visual. O rótulo traz em letras grandes e brancas o nome da cervejaria; logo abaixo, na parte verde, se vislumbra homenagem ao escocês Alexander Graham Bell - que fundou a primeira companhia telefônica do mundo, conhecida como Bell, na década de 70, tendo inventado o primeiro telefone da história. Aliás, em cada um dos rótulos da cervejaria, há obras de importantes figuras históricas e consideradas insanas em seu tempo, por criarem, defenderem e compartilharem ideias absurdas, revolucionárias etc. No contra-rótulo há as demais informações, bem completas diga-se.
Vertida na taça revelou líquido de coloração alaranjada, opaca, com mediana turbidez e espuma branca de bela formação, cremosa e com bolhas pequenas e de mediana persistência. Desenhou algumas poucas marcas pelo vidro e manteve um fino tampão sobre o líquido durante a degustação. Perlage (bolhas) perceptível.
O aroma se revelou agradavelmente aromático e foi possível perceber notas maltadas de caramelo, toffee e pão, bem como lúpulo com sensações floral e de frutado cítrico de abacaxi e maracujá (IBU 35). O álcool é discreto.
No paladar o líquido se apresenta com uma textura aveludada e, após um adocicado inicial com notas de malte caramelo e toffee assoma à boca uma mediana base de lúpulos com sensações de floral e cítricas (abacaxi e maracujá). O final é amargo e seco e o retrogosto é agridoce. O álcool de ABV 5,5% vem bem inserido. O corpo é médio-leve a carbonatação é média. A palatabilidade (drinkability) é elevada, bebe-se fácil!
Degustação agradável, mas, como apontado por muitos, poderia ter uma base de lúpulos mais saliente/com mais frescor, vindo ao encontro do que o estilo propõe.
Cerveja de coloração alaranjada opaca. Creme formação médio, média densidade e duração média. Aroma cítrico do lúpulo e malte mais ao fundo trazendo notas de pão. Baixa carbonatação. Corpo baixo. Sabor com um bom amargor porém o malte está muito expressivo deixando a cerveja mais doce que o normal.
É na pequena cidade de Palmas, local frio no extremo sul do Paraná, que três amigos cervejeiros resolveram transformar o hobby de fazer cerveja caseira em um negócio próprio. Inaugurada há pouco mais de um ano, a fábrica fica numa área rural a 4 km do centro da cidade e conta com um espaço gourmet para recepção de clientes.
Líquido dourado translúcido. No copo forma um dedo de colarinho branco e cremoso de média persistência.
Aroma suave de malte pilsen e pão sírio acompanhado por leve floral de lúpulo. Percebe-se também incômodas notas de clorofenol, além de ferrugem e papelão que apontam para uma provável oxidação. Ruim.
Na boca mostra corpo leve e carbonatação moderada. Os defeitos sentidos no aroma, contudo, confirmam-se através do sabor medicinal advindo do clorofenol e nuances metálicas que lembram prego enferrujado. Há ainda uma base maltada ligeiramente adocicada pontuada por toques de panificação. Leve amargor surge no final bem como os 'off-flavours' previamente mencionados. Infelizmente a sensação metálica e medicinal se estica até o retrogosto, desestimulando o próximo gole.
Diante de tantos problemas eis a pergunta: a cerveja é assim mesmo ou está comprometida? Independente da resposta, o fato é que fenomenologicamente a experiência não é nada boa. Assim sendo, fica a critério do consumidor tentar a sorte ou escolher outra.