É na pequena cidade de Palmas, local frio no extremo sul do Paraná, que três amigos cervejeiros resolveram transformar o hobby de fazer cerveja caseira em um negócio próprio. Inaugurada há pouco mais de um ano, a fábrica fica numa área rural a 4 km do centro da cidade e conta com um espaço gourmet para recepção de clientes.
Líquido dourado translúcido. No copo forma um dedo de colarinho branco e cremoso de média persistência.
Aroma suave de malte pilsen e pão sírio acompanhado por leve floral de lúpulo. Percebe-se também incômodas notas de clorofenol, além de ferrugem e papelão que apontam para uma provável oxidação. Ruim.
Na boca mostra corpo leve e carbonatação moderada. Os defeitos sentidos no aroma, contudo, confirmam-se através do sabor medicinal advindo do clorofenol e nuances metálicas que lembram prego enferrujado. Há ainda uma base maltada ligeiramente adocicada pontuada por toques de panificação. Leve amargor surge no final bem como os 'off-flavours' previamente mencionados. Infelizmente a sensação metálica e medicinal se estica até o retrogosto, desestimulando o próximo gole.
Diante de tantos problemas eis a pergunta: a cerveja é assim mesmo ou está comprometida? Independente da resposta, o fato é que fenomenologicamente a experiência não é nada boa. Assim sendo, fica a critério do consumidor tentar a sorte ou escolher outra.