Malheur Bière Brut Reserva

Cor dourada com uma carbonatação aparente e um colarinho grande e denso um tanto aerado de duração eterna.
Aroma com notas de casca de laranja, pera, especiarias e levedura de champanhe.
Sabor com notas de dulçor de malte Pilsen, levedura de champanhe, apricot, limão, especiarias, leve lúpulos florais, terrosos e herbáceos, uvas verdes, rosas e um discreto detalhe “funky”. Retrogosto seco com um amargor robusto.
Corpo médio com carbonatação efervescente. Álcool de 11% está muito bem disfarçado, melhor que em um champanhe.
Bière Brut bem complexa que traz o casamento de champanhe com notas tradicionais de cervejas. Os lúpulos é um ingrediente chave aqui, não é um champanhe disfarçado de cerveja.
Ap.3,5 Ar.3,75 Sab.4 Sens.3,75 Cj.4

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Aparência dourado claro.
Aroma tem um pouco de lúpulo, com fim cítrico.
Sabor: lupulada, malte, cítrico de leve.
Bem melhor que a DeuS, pro meu paladar. Essa sim eu tomaria em algumas ocasiões!

Cor âmbar amarelada e espuma branca de excelente formação e duração. Aroma frutado lembrando maças e peras, em seguida desprendendo para cítrico, depois condimentado, pimenta, manteiga e lúpulo. Se comparada a Deus, há muito menos dulçor e complexidade aqui, mas me pareceu mais límpida, igualmente alcoólica e encorpada. O amargor é baixo, talvez encoberto pelo calor alcoólico, só aparecendo no retrogosto, que ainda apresenta certa acidez, secura e tons cítricos bem definidos como laranja e limão. Menos temperada, menos dulçor e com lúpulo bem evidente, foram as principais diferenças que identifiquei se comparada às outras de mesmo estilo. A cerveja é igualmente maravilhosa e se não fosse tão cara certamente teria muitas outras oportunidades!

A Malheur Bière Brut é uma cerveja do estilo Bière de Champagne/Bière Brut elaborada pelo tradicional método champenoise, caracterizado por envelhecimento das cervejas em caves e pela adição e remoção do fermento de champagne/espumante das garrafas. É estilo proveniente da Bélgica, como tantos, e é resultado de íntima simbiose entre cervejas e champagnes.

A fábrica é a cervejaria De Landtsheer instalada na cidade de Buggenhout, arredores de Bruxelas. Sua fundação ocorreu em 1997, entretanto a tradição cervejeira da família remonta aos idos de 1773. No portfólio há produtos de extrema qualidade como esta cerveja que ora degusto além da Cuvée Royale, Dark Brut e as clássicas Malheur 6, Malheur 10º e Malheur 12º.

A garrafa é de 750ml, rolhada, de bela apresentação, rótulo colorido e que denota certo requinte dada a semelhança com as garrafas de champagne/espumante, claramente relacionadas às ocasiões especiais e/ou glamurosas.

Vertida na taça revelou uma coloração amarelo vívido (dada a remoção das leveduras), certa turbidez, uma espuma branca de formação exuberante, muito volumosa, elevada, com bolhas, densa e de longa duração e que manteve rendas pelas laterais da taça. A perlage é contínua, com bolhas pequeninas.

O aroma é frutado e com grande intensidade apresenta notas cítricas, principalmente laranja, além de malte, pão, lúpulo herbal, leveduras e damasco.

O sabor é igualmente complexo, próprio das tradicionais receitas das cervejas belgas, e se agiganta à medida em que a temperatura aumenta. No paladar o líquido levemente ácido apresentou notas de limão, caramelo, leveduras, uva passa, pêssego, mel, especiarias (coentro) e lúpulo. Há bom equilíbrio entre adocicado e amargor e o álcool de ABV 11% é pronunciado, mas não agride o paladar. O líquido tem uma agradável adstringência e o final é amargo, longo e seco. A carbonatação é elevada e o corpo é médio. A drinkability é ótima!

A cerveja fluiu bem, o conjunto é muito bom, a degustação foi prazerosa e, sem dúvida, merece outra degustação!