Creme saboroso e rápido arrefecimento. Sabor marcante e que combina muito bem com camarões. Comi numa noite e fez falta outra garrafa. Vale a pena pela experiência, mas existem outras cervejas com sabor mais complexo, mas é gostosa!
Coloração mogno, espuma rala e breve. "Bottled in 2012"
Se mostrou um pouco superior à sua irmã helles com o mesmo aroma doce porém com boas notas tostadas de malte
Sabor adocicado com forte pegada no álcool, maltada, lembra frutas secas, castanhas, caramelo, madeira, e vinho do porto.
Essa classic mostra mais equilíbrio e complexidade mas drinkability não por conta do forte gosto adocidado e do álcool alto. Mas não deixa de ser uma "iguaria", vale a pena a degustação!
A Samichlaus (Papai Noel em alemão) Bier Classic é uma cerveja de baixa fermentação do estilo Bock, sub-estilo Doppelbock, este caracterizado por exemplares mais robustos, fortes, ricos e alcoólicos do que as bock's em geral. Sua coloração varia do dourado ao marrom escuro, com bela formação/retenção de espuma. Diferentemente das versões claras, mais leves e secas, as versões mais escuras do estilo tendem a apresentar notas tostadas, de chocolate e frutadas de ameixa, além de álcool um pouco mais saliente. No estilo o aroma e o sabor se apresentam intensamente maltosos, com perfil adocicado e lúpulo discreto. A origem do estilo remonta ao monastério Paulaner (São Francisco de Paula), fundado em 1634 na cidade de Munique, onde as cervejas eram tidas como complemento para as refeições dos monges. É comum encontrar rótulos cujo nome acabam no sufixo -ator-, em referência à primeira cerveja comercial do gênero: a Salvator.
É produzida pela Cervejaria Schlossbrauerei Eggenberg, instalada no Castelo Eggenberg que fica às margens do Rio Alm, na cidade Austríaca de Salzburg. Situado próximo à fronteira com a Alemanha (Noroeste) a fundação do castelo remonta ao século X e as atividades comerciais da cervejaria vem de longa data – 1681. O portfólio é vasto e este é o primeiro rótulo que degusto, sendo o mesmo conhecido por se referir à cerveja Lager mais alcoólica do mundo e por ser brassada numa única ocasião ao longo do ano – 06 de dezembro (Dia do falecimento de São Nicolau).
Vintage 2008 - validade: 06.2014. A garrafa é de 330ml, cor marrom, tampa prata já enferrujada pela longa guarda. O rótulo é sóbrio e se apresenta na cor marrom trazendo os dizeres ‘Samichlaus’, ‘Classic’, ‘Malt Liquor’, ‘The World’s Most Extraordinary Beverage’, bem como a graduação alcoólica (ABV 14%) e a figura de um sujeito barbudo (certamente alguém do clã Eggenberg). No verso encontram-se menção às percepções sensoriais, ingredientes, validade etc.
Vertida na taça revelou um líquido de coloração amarronzada, opaco, com espuma bege de tímida formação devido à alta graduação alcoólica. De manutenção mediana se apresentou permeada por algumas bolhas pequenas e ‘lágrimas’ se fizeram presentes a escorrer pela taça, assim como algumas poucas rendas. Um fino alo manteve-se sobre o líquido ao longo da degustação. A perlage (bolhas) é perceptível e havia sedimentos no fundo da garrafa.
O aroma se apresenta complexo e com boa intensidade. De início adocicado são percebidas notas maltadas de tostado e caramelo saliente, bem como chocolate, toffee, açúcar mascavo, ameixas, uvas passas, amadeirado, nozes e álcool bastante potente. Não percebi amargor de lúpulo, sobretudo após 06 anos de guarda.
Em que pese a atenuação natural pela longa guarda o sabor reverbera as impressões olfativas e se mostra ainda complexo e robusto. No paladar o líquido licoroso se mostra de perfil claramente maltado e ostenta notas de caramelo e tostado, além de reminiscências de melaço, toffee, açúcar mascavo, uvas passas, ameixas, amadeirado, baunilha e nozes. O álcool de ABV 14% é uma pancada, proporciona aquecimento, mas não chega a agredir o paladar. O final é adocicado e longo e o retrogosto traz caramelo e amadeirado e se apresenta alcoólico e persistente. O corpo é médio-alto e a carbonatação é média-baixa. A drinkability é diminuta, mas com parcimônia se pode apreender todo o potencial desta iguaria.
É fato que estou diante de mais uma cerveja diferenciada, extremamente complexa e equilibrada. Apesar da brutalidade inerente aos seus ABV 14% a breja se configura num excelente conjunto, perfazendo uma degustação primorosa.