Guardada há quase dois anos, eis que resolvo abrir a Gouden Carolus Easter numa data bem pertinente: a Páscoa. Esta edição comemorativa de Páscoa, assim como todas as outras da linha Gouden Carolus, não me decepcionou, mostrando uma riqueza nutritiva dos maltes, unidos a típica pegada frutada das leveduras belgas e um toque picante de especiarias.
Na taça mostra uma bela cor âmbar avermelhada, com muita vividez e pouca translucidez. Forma uma camada bege bem espessa, que dura razoavelmente bem, restando uma camada bem fininha por um bom tempo e deixando marcas pela taça a cada centímetro caído.
O aroma já mostra que é uma típica Dark Strong Ale belga, com potentes notas esterificadas que traz sensações de bananas, ameixas e uvas-passas, combinando-se muito bem com o malte achocolatado e caramelado. Há um fundo de especiarias que dá um charme e evidencia principalmente canela e quando mais quente, anis. O lúpulo é extremamente delicado, trazendo notas de flores e acompanhados pela sensação química de esmalte (ou seria apenas o potente álcool?).
Na boca a riqueza dos maltes deixa a sensação macia e licorosa de estar com um chocolate derretendo na boca, com um leve toque de caramelo. A notas frutadas, mais a sensação alcoólica, mais o corpo robusto, trazem a sensação de estar bebendo um vinho do porto, ou até um licor de ameixas ou bananas passas. Ao final sim, vem um toque amargo para equilibrar o conjunto. Amargo que vem na verdade, mais pelos maltes torrados e evidenciando café, bem discretamente. A textura cremosa e o álcool presente (mas não agressivo) já foram citados, mas é sempre bom lembrar. Ao final aparecem toques doces/picantes de canela e anis novamente. A carbonatação é de média para alta e o residual predominantemente adocicado.
Esta edição de Páscoa é a receita mais antiga do rótulo, mas que teve uma pausa para a entrada de uma Golden Strong Ale e retornou em 2009. Como já era de se esperar, a Het Anker não decepcionou nesta cervejinha, mantendo o padrão de qualidade Gouden Carolus.
A primeira impressão desta cerveja é fantástica, mas a medida que o sabor vai se assentando na boca ela vai te decepcionando um pouco. É uma cerveja marrom escura, de pouco creme porém denso e duradouro. O aroma é muito gostoso, de café, toffe, álcool e ervas. Mas o sabor me deixou um pouco a desejar. O álccol é mais pronunciado do que eu gostaria, e os outros sabores não são duradouros, restando apenas o álcool no final e também uma forte sensação adstringente.
É uma boa cerveja, mas esperava um pouco mais no sabor. O aroma promete um sem número de sensações, que infelizmente o sabor não cumpre.
Cor marrom avermelhada, com reflexos rubí e média turbidez.
Espuma cor bege de boa densidade. Boa formação e duração.
Aroma de malte tostado, caramelo, vinho do porto, amadeirado, frutas escuras (ameixa,uva passa), baunilha, licor de amêndoas, chocolate, especiarias, açucar mascavo e álcool. Aroma bem complexo.
No paladar malte tostado, caramelo, frutas escuras, amadeirado e licor de baunilha. Final seco, levemente picante e quente, mas com álcool bem inserido.
Bela cerveja. Muito aromática, encorpada e saborosa.
Excelente belga. Muito frutada, frutas secas e vermelhas, álcool bem presente mas equilibrado, toffee, nozes e leve torrado, com pouca intensidade. Menos intensa que as primas Cuvée van de Kaiser.
Cerveja de coloração escura, entre rubi e âmbar. Bom creme. Notas de caramelo, uva verde, ervas (lembrando absinto) e aroma floral. Álcool muito bem inserido. Praticamente perfeita.