Uma Imperial Stout de dar gosto.
Perfeitinha, líquido denso, mais preta impossível. Espuma é baixa e densa, bem marrom.
No nariz e na boca, uma mistura de biscoito, chocolate, baunilha, café, herbáceo e até um leve cítrico.
O lupulo, apesar de aparecer bem, acaba ficando em 2o plano.
Não se engane que o álcool está por lá, mesmo aparecendo menos do que o esperado para 12%.
Daquelas brejas pra tomar com calma, deixar ir aquecendo no copo. A medida que a temperatura muda, a breja vai mostrando novos aromas e sabores.
Negra intensa com espuma marrom de exímia formação e duração. Aroma abiscoitado e torrado, muito chocolate, café, baunilha e bolacha waffle, tudo bem perceptível antecipando o que já era esperado, o incrível sabor. Na boca há um toque ligeiramente salgado, calor alcoólico discreto mesmo com seus 11,5%ABV, o corpo apesar de toda a complexidade é leve, confesso que esperava mais licorosidade, notas torradas intensas, além de chocolate amargo, café e amargor tanto de tosta, quando de lúpulo. Final seco, amargo, persistente e torrado, um espetáculo!
Há cinco meses aguardo pacientemente pelo "dia certo" para degustar essa preciosidade que encomendei junto ao meu amigo Henrique Paques, que mora em Atlanta, e que a trouxe para mim em sua bagagem em dezembro/2013 e que, desde então, jazia empoeirada na escuridão da minha adega. Obrigado, mais uma vez, Badá!
Ao servi-la na taça, ela derrama um líquido negro, muito denso e viscoso, como um óleo de jipe velho. A espuma, de cor marrom escura, não é tão volumosa. É de um a dois dedos, e se dissipa em alguns minutos. Na taça ficou apenas uma tinta preta, absolutamente opaca.
No nariz, ela apresenta predomínio de torrefação, chocolate, café, baunilha, biscoito e lúpulo herbáceo, este último mais discretamente.
Ao gole, aos elementos acima assomam-se notas salgadas, além de um amargor relativamente suave para uma RIS, o que particularmente me agrada. Uma certa volatilidade de seus 11.5 ABV é notada, porém abrilhantam e completam ainda mais o conjunto potente e encorpado.
Trata-se de uma cerveja sensacional, das melhores RIS já provadas por este avaliador.
Essa cerveja para mim é um graal das imperial stouts. é a que mais se aproxima do deprave que fantasio quando imagino a RIS ideal, pelo menos até então.
Ela é viscosa, forma um creme escuro, com relativa consistencia. o aroma é intenso, chocolatão, algo de frutas escuras, café, torrefação. Mas é no sabor que ela acontece. É um biscoitão. Deve ter sido fermentada e maturada nas mais baixas temperaturas, pois é a RIS menos esterificada que provei até hoje e isso me encanta. Muito chocolate, baunilha, leite, café, amargor persistente, retrogosto divino. Adorei esta cerveja, muito equilibrada, é complexa mesmo tendo menos camadas que outras rivais deste mesmo nível.
Recomendo.
Líquido opaco de coloração totalmente negra. Creme bege escuro de altas formação e persistência, média consistência.
Aroma e sabor trouxeram intensamente notas de café (ingrediente da receita), baunilha, chocolate, cacau e malte torrado de uma forma que nunca havia sentido antes. Corpo viscoso, dulçor achocolatado presente até o final, mas totalmente inserido ao corpo pesado, que, paulatinamente é substituído pelo amargor cremoso do café. Retrogosto mantém essa sensação sedosa à boca por muito tempo. Interessantemente, é uma cerveja com drinkability bom, e álcool perfeitamente inserido.
Há um componente de sensação dessa cerveja que parece muito estar associado à textura do líquido, experiência singular. Degustei esperando uma Russian Imperial Stout, e depois vi que a atribuem a uma Porter no seu limite em uma versão Imperial, e de fato, pensando agora que já degustei esse rótulo Evil Twin, faz sentido, até mesmo comparativamente com outras Imperial Porter degustadas previamente. De fato não se trata de uma RIS típica.
Muito aroma, sabor e sensações para uma cerveja só, experimentem!