Há cinco meses aguardo pacientemente pelo "dia certo" para degustar essa preciosidade que encomendei junto ao meu amigo Henrique Paques, que mora em Atlanta, e que a trouxe para mim em sua bagagem em dezembro/2013 e que, desde então, jazia empoeirada na escuridão da minha adega. Obrigado, mais uma vez, Badá!
Ao servi-la na taça, ela derrama um líquido negro, muito denso e viscoso, como um óleo de jipe velho. A espuma, de cor marrom escura, não é tão volumosa. É de um a dois dedos, e se dissipa em alguns minutos. Na taça ficou apenas uma tinta preta, absolutamente opaca.
No nariz, ela apresenta predomínio de torrefação, chocolate, café, baunilha, biscoito e lúpulo herbáceo, este último mais discretamente.
Ao gole, aos elementos acima assomam-se notas salgadas, além de um amargor relativamente suave para uma RIS, o que particularmente me agrada. Uma certa volatilidade de seus 11.5 ABV é notada, porém abrilhantam e completam ainda mais o conjunto potente e encorpado.
Trata-se de uma cerveja sensacional, das melhores RIS já provadas por este avaliador.