Eu venho guardando esta cerveja por vários anos.
Cor marrom escura com praticamente sem espuma.
Aroma com notas de ameixas secas, melaço-toffee, tênue café, chocolate e algo de lúpulos nobres.
Sabor com notas de ameixas secas, melaço, bastante chocolate e coco queimado, alcaçuz, baunilha, madeira, conhaque, banana cristalizada e um pouco de framboesas. Retrogosto seco e amargo. Depois de todos estes anos, seus 78 IBUs amoleceram.
Corpo robusto pegajoso de baixa carbonatação. Álcool de 10,2% abv está bem escondido e complementa o sabor uma vez esquenta.
Depois de todos estes anos, ela realmente voltou de volta as suas origens Quad com seus altos IBUs perdendo a força e o dulçor do caramelo e ésteres ganhando terreno. Ela realmente me lembrou um manjar, aparecendo bastante coco com calda e ameixas secas. Creio que o chocolate é parte da vertente da Imperial Stout e talvez o alto IBU quando jovem. Ela deve ser melhor jovem dada isso.
Ap.3 Ar.3,75 Sab.4 Sens.3,75 Cj.4
Coloração castanho profundo, baixa formação de espuma, média retenção, bege.
Aroma de melaço, dulçor de malte, fruta passa, álcool...
Baixa carbonatação, densa, encorpada, dulçor de malte mesclado com leve amargor de lúpulo, álcool perceptível conforme aquecimento da cerveja, mas equilibrado.
Final levemente adocicado e alcoólico.
Me deu a impressão de ser mais uma barleywine que uma belgian dark Strong ale.
Instalada junto a um típico moinho de vento holandês construído em 1697, a "De Molen" ou "O Moinho" (em holandês) é uma premiada micro-cervejaria e destilaria localizada na cidade de Bodegraven nos Países Baixos. Inaugurado em 2004, o empreendimento é resultado dos esforços de Menno Olivier, que de jovem 'homebrewer' passou a profissional do ramo, tendo trabalhado durante algum tempo em outra cervejaria em Roterdã. As instalações da "De Molen"possuem ainda amplo espaço com restaurante e 'taproom', lembrando que recentemente a fábrica principal foi ampliada e transferida para um local na mesma rua. As cervejas do portfólio são de inúmeros estilos e variações, além de muitas vezes serem produzidas em colaboração com outras cervejarias mundo afora.
A "Mooi & Meedogenloos" (que significa algo como "Bonita e Impiedosa") propõe uma espécie de fusão entre 'Belgian Quadrupel" e 'Imperial Stout'. Sua receita inclui três tipos de malte de cevada com lúpulos "Premiant" e "Saaz". O amargor é de 78 IBU.
*Unidade envasada em 23/01/2013 - degustada em temperatura ambiente a 11°C.
Líquido castanho escuro permitindo ainda alguma passagem de luz. Vertida no cálice exibe baixíssima formação de espuma marrom clara que logo se dissipa.
Aroma denso, alcoólico, melado. Forte traço de ésteres e intensa caramelização surge em primeiro plano, engendrando notas de compota de ameixa, tâmaras secas, doce cristalizado de caju e uvas e bananas passas. Certo amadeirado permeia a mistura. Pitadas de baunilha, cacau, noz-moscada e canela despontam ao fundo assim como lembranças que vão do conhaque ao velho "Biotônico Fontoura". Que onda!
De carbonatação reduzida, na boca mostra-se robusta e licorosa. Generosa presença de maltes caramelizados/tostados proporciona agradável traço açucarado que, fundido às sugestões de frutas escuras, remete a doce de caju cristalizado, banana passa e ameixa seca. Leve azedinho pontua cada nota. Ecos de madeira, baunilha, cravo e noz-moscada surgem subjacentes. Suave torrado bem como certa sensação cítrica/resinosa precedem o final de calor confortante - ao mesmo tempo doce, amargo e picante. Frutas escuras e baunilha sustentam o retrogosto.
Especialmente acolhedora em dias frios, a Mooi & Meedogenloos é uma daquelas cervejas gratificantes, feita para se sorver às bicadas. Seja lendo um bom livro ou assistindo um filme, cada gota vale a pena. Invista.