Wals Inhotim Reticulata

Lote 1, a vencer em 26/05/2017

Aparência: sempre um charme as cervejas em garrafas arrolhadas, trazendo uma expectativa que, talvez, não é atendida... Sem espuma; o líquido é turvo e cremoso, parecendo batida de abacaxi.

Aroma: açúcar demerara fresco; laranja-kinkan sutil.

Sabor: corpo agradável, aveludado, com leve amargor de óleo essencial cítrico.

Embora servida em copo Weiss pequeno, se apresentou fiel ao estilo Wit, parecendo mais "artesanal" do que uma Hoegaarden que, coincidentemente, é do mesmo grupo... Bem, por esse preço, sinceramente, não tomarei de novo...

Aroma bastante cítrico, com ênfase na tangerina e maracujá, com um toque de especiarias como coentro e sálvia.

Turva na taça, quase não fez espuma.

Na boca possui corpo baixo, muito leve e aguada. Nenhum amargor e pouco malte e fruta.
Não tem muito sabor.
Retrogosto levemente cítrico e adstringente.

Quem acompanha de perto a cena artesanal cervejeira sabe que a Wäls, de Belo Horizonte (MG), foi adquirida pela Ambev em fevereiro de 2015. Desde então a marca vem trabalhado uma mudança gradual de imagem - algo que se traduz tanto na reformulação gráfica dos rótulos quanto através do novo logo "Cerveja Arte".

No intuito de reforçar essa inspiração "artística", a cervejaria mineira lançou em maio último uma linha especial em comemoração aos dez anos do Instituto Inhotim. Localizado na cidade de Brumadinho (também em Minas) o Inhotim é considerado o maior centro de arte contemporânea ao ar livre da América Latina. Ao todo são três rótulos ligados ao instituto: "Impetus", "Reticulata" e "Walkeriana".

RETICULATA

Trata-se de uma 'Witbier' com adição de flocos de aveia, suco de tangerina, suco de laranja, extrato de coentro e aditivos químicos. O rótulo é uma referência ao nome científico da tangerina ("Citrus Reticulata") - fruta bastante cultivada em Brumadinho. Amargor de 17 IBU.

Líquido enevoado, amarelo palha. Servido, forma uma camada rala e pouco duradoura de espuma branca.

Aroma suave, sobrepondo notas de laranja, tangerina e limão às nuances de cereais provenientes do malte.
Pitadas de coentro e leve metálico aparecem com discrição.

Na boca tem corpo baixo-médio e sensação frisante. Sutil dulçor de malte, com ecos de cereais, acompanha elementos cítricos, terrosos e condimentados trazendo laranja, tangerina, algo de folhas secas, banana verde e coentro. O final cítrico culmina num retrogosto curto de ligeira adstringência.

Cerveja agradável, refrescante, mas que não impressiona. Vale pela curiosidade.

Servida no tumbler apresentou cor amarelo palha com espuma branca de baixa formação e média persistência. No aroma temos casca de tangerina, condimentos, banana e coentro. O sabor segue o aroma, complementado por notas de fermento e de pimenta do reino branca.