Mercado cervejeiro nacional: bolha se formando?

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11 anos 3 meses atrás #49931 por fernando pereira frassetto
Tá cheio de gente do meio inflando essa bolha por interesses próprios, ao invés de fomentar um crescimento mais lento mas mais sólido. Todo mundo aproveitando para sugar o máximo. Cervejarias novas com produtos que não empolgam e são caros, clubes de cerveja de utilidade duvidosa, sites, cursos de Somellier...todo mundo buscando sugar o máximo antes que a bolha exploda....
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11 anos 3 meses atrás - 11 anos 3 meses atrás #49935 por Gustavo Guedes

Pedro Fraga escreveu: Eu ainda não descobri o lance da Nacional, mas acho que o impedimento para abrir brewpubs são 02:

- Dois CNPJs (e impostos que acompanham)
- Dificuldades na esfera do Município. No Rio de Janeiro, até onde sei, é totalmente impossível achar um local onde a Prefeitura possa liberar um alvará, porque não se pode fabricar cerveja (ou qualquer atividade 'industrial', se não estiver enganado) a X metros de igrejas (?), escolas, postos militares, etc.

Além disso, existe toda a demora dos processos municipais por aqui, aquela lentidão que está sempre de mão dada com a corrupção.

aqui no rio tem o vice-rey q acho q se enquadra em brewpub pq faz a cerva nas dependências do restaurante:http://www.vice-rey.com.br/microcervejaria2.html

Cerveja = Felicidade Líquida.
felicidadeliquida.blogspot.com.br/
Ultima edição: 11 anos 3 meses atrás por Gustavo Guedes.
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11 anos 3 meses atrás #49937 por Leonardo S.
Isso me lembra o mercado acionário de 2004-2008. Qualquer M. que você comprasse a qualquer preço subia, sem erro.
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11 anos 3 meses atrás #49970 por FiL Crux
Ótimo artigo Márcio.

Os números geralmente não mentem. Contudo penso que não podemos pegar somente o parâmetro "litros produzidos" como referência para crescimento do mercado artesanal. Ele deve ser acompanhado do atributo qualidade. Este última sim me preocupa, pois o que temos visto por aí são cervejarias se preocupando somente em expandir sua produção de cerveja ruim.

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11 anos 3 meses atrás - 11 anos 3 meses atrás #49971 por Gustavo Silva

FiL Crux escreveu: Ótimo artigo Márcio.

Os números geralmente não mentem. Contudo penso que não podemos pegar somente o parâmetro "litros produzidos" como referência para crescimento do mercado artesanal. Ele deve ser acompanhado do atributo qualidade. Este última sim me preocupa, pois o que temos visto por aí são cervejarias se preocupando somente em expandir sua produção de cerveja ruim.


Eu discordo, em parte.

As cervejarias estão se preocupando em produzir bastante e com variedade de rótulos. Porém no meio dessa produção enlouquecida há inúmeras cervejas de ótima qualidade, porém a maioria feita apenas para ser provada uma única vez pelo consumidor (e as vezes dividindo entre várias pessoas), devido ao seu alto preço.

Óbvio que também há muitas de qualidade baixa, mas ultimamente tenho visto mais cervejas boas que ruins surgindo. Gosto de citar como exemplo de boa qualidade a Bodebrown, Abadessa e Colorado. Até hoje não me decepcionei com nenhuma dessas cervejarias (em relação à qualidade).

E querendo ou não, muitas cervejarias estão se adaptando ao mercado, levando em conta que boa parte dos consumidores quando vai atrás de uma cerveja procura somente uma que ainda não provou. Por causa desse detalhe é que as cervejarias estão lançando milhares de cervejas novas, para continuar vendendo.
Ultima edição: 11 anos 3 meses atrás por Gustavo Silva.
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11 anos 3 meses atrás #49973 por Alexandre Almeida Marcussi
Acho que existem, sim, algumas cervejarias no Brasil que estão começando a se precaver investindo ao mesmo tempo em qualidade e acessibilidade, fazendo cervejas que, pela sua consistência, preço acessível e boa distribuição, vendem a longo prazo, e não apenas na época do lançamento e no fim do prazo de validade. Aqui em São Paulo, Colorado, Way, Invicta, Bamberg (sem citar a Eisenbahn, que é hors concours) parecem trilhar esse caminho. Outras ainda tropeçam em um dos pontos do binômio qualidade-acessibilidade, seja por fazerem cervejas muito caras que não se sustentam a longo prazo, seja por fazerem cervejas acessíveis, mas que não se destacam.

Acho que talvez o Fil esteja falando de cervejarias capazes de produzir rótulos "world-class"; cervejas inesquecíveis que se tornam referências para os consumidores no Brasil e quiçá no exterior. Daquelas que a gente pontua acima de 4.5 em 5.0. Isso ainda é raro, mesmo entre aquelas que cobram fortunas. O mais frequente é pagarmos caro por cervejas que ainda decepcionam diante das concorrentes internacionais. Mas isso depende de tempo e de as cervejarias atingirem um porte que lhes permita "perder dinheiro" num projeto mais ousado. Eu acho melhor investir em consistência, em produzir com constância rótulos acessíveis e de boa qualidade. Não precisa ser uma barrel-aged imperial stout com 100 pontos no RateBeer; uma porter, helles, saison, IPA de ótima qualidade e preço é um começo seguro e satisfatório para mim.

ocrueomaltado.blogspot.com
Porque cervejas são boas para beber, mas também são boas para pensar
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