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Alexandre Almeida Marcussi escreveu: Acho que existem, sim, algumas cervejarias no Brasil que estão começando a se precaver investindo ao mesmo tempo em qualidade e acessibilidade, fazendo cervejas que, pela sua consistência, preço acessível e boa distribuição, vendem a longo prazo, e não apenas na época do lançamento e no fim do prazo de validade. Aqui em São Paulo, Colorado, Way, Invicta, Bamberg (sem citar a Eisenbahn, que é hors concours) parecem trilhar esse caminho. Outras ainda tropeçam em um dos pontos do binômio qualidade-acessibilidade, seja por fazerem cervejas muito caras que não se sustentam a longo prazo, seja por fazerem cervejas acessíveis, mas que não se destacam.
Acho que talvez o Fil esteja falando de cervejarias capazes de produzir rótulos "world-class"; cervejas inesquecíveis que se tornam referências para os consumidores no Brasil e quiçá no exterior. Daquelas que a gente pontua acima de 4.5 em 5.0. Isso ainda é raro, mesmo entre aquelas que cobram fortunas. O mais frequente é pagarmos caro por cervejas que ainda decepcionam diante das concorrentes internacionais. Mas isso depende de tempo e de as cervejarias atingirem um porte que lhes permita "perder dinheiro" num projeto mais ousado. Eu acho melhor investir em consistência, em produzir com constância rótulos acessíveis e de boa qualidade. Não precisa ser uma barrel-aged imperial stout com 100 pontos no RateBeer; uma porter, helles, saison, IPA de ótima qualidade e preço é um começo seguro e satisfatório para mim.
FiL Crux escreveu: Ótimo artigo Márcio.
Os números geralmente não mentem. Contudo penso que não podemos pegar somente o parâmetro "litros produzidos" como referência para crescimento do mercado artesanal. Ele deve ser acompanhado do atributo qualidade. Este última sim me preocupa, pois o que temos visto por aí são cervejarias se preocupando somente em expandir sua produção de cerveja ruim.
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