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Concordo que as pretensões da ABInbev e outras seja exatamente esta: de atingir o maior público possível, com preços baixos, e caraterísticas que eprmitam o consumo em grande quantidade. Mas ai a meu ver mora um perigo: o consumo excessivo de álcool. Estas cervejarias incentivam o consumo irresponsável, ligando os produtos a curtição, praia, sol, balada e afins, e só colocam o "beba com moderação" porque é obrigatório, mas é exatamente o contrário que eles querem. Não vejo qualidade nenhuma nisso, pelo contrário.
Uma coisa que acho engraçada é que quando algu´me fala em tomar vinho nunca quer um Chapinha. Ora, esses vinhos baratos são feitos à décadas, não tem características marcantes mas tem uma qualidade de produção que os permitem estar a tanto tempo no mercado. Não vejo, entretanto, ninguém consumindo eles quando quer um vinho sem pretensões, sem complexidade. Vão direto para os nacionais de melhor fama, como Almadén, Salton etc..., ou para argentinos e chilenos, que custam mais caro. Acho que com cerveja deveria ser assim. Tenho certeza que aqueles vinhos brancos em caixa argentinos (nunca tomei, nem pretendo tomar) tem suas qualidades, mas não o consigo inserir em uma bebida "de qualidade". Há uma diferença imporante aí.
Descordo quando dizem que essas cervejas não tem qualidade.
Pra mim, não ter qualidade é você abrir uma garrafa e não ter carbonatação, você tomar e perceber que está estragada. Isso pra mim é uma cerveja sem qualidade.
Nunca tomei cervejas de massa que estiverem assim, mas já tomei de micro cervejarias que estavam totalmente flat.
Se é ou não do gosto da pessoa é outra história.
Se for pensar assim, muitas pessoas diriam que lambics não tem qualidade porque são azedas, misturam frutas e açucar.
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