Importação de cervejas americanas

André Silva escreveu:

Concordo com você Alexandre, mas você acha que no Brasil teria público pras sour ales e lambics ?
Eu particularmente gosto, mas será que dá pra vender umas 200 garrafas por mês ?

Vc acha que há público para vender 200 garrafas por mês de cada um dos 10 rótulos da Baladin? E estão aí...

Acho que uma gueuze talvez tivesse um pouco mais de dificuldade, mas uma fruit lambic com um preço um pouco mais camarada acho que venderia bem, sim. Uma Flanders red pode vender bem com o marketing certo (até porque não tem nenhuma no Brasil). Temos poucas opções no mercado, e as que temos são muito caras. Para a galera que foi à Bélgica, são cervejas muito caras por lá?

Mesmo preço das outras.

Na Cantillon, a garrafa de 750ml sai por 5 euros, se não me engano. Em lojas ela sai um pouco mais cara, mas nada absurdo - acho que vendia a 7-8 euros no Bier Tempel, que é uma loja bem cara. Lembro de beber outras geuzes em garrafas menores por 3.50-4 euros em bares. Lembro também de ter visto a Rodenbach Grand Cru bem barata em mercado e acho que paguei até pouco menos de 3 euros bebendo ela em bar.

Mas são cervejas BEM diferentes do que temos aqui. E vou contar algo que fiquei sabendo: ao que parece TODAS as Cantillon que você pode achar nas lojas do Xavier são da primeira importação feita por ele, mais de 10 anos atrás...

Alexandre Marcussi escreveu:

Vc acha que há público para vender 200 garrafas por mês de cada um dos 10 rótulos da Baladin? E estão aí...

Acho que uma gueuze talvez tivesse um pouco mais de dificuldade, mas uma fruit lambic com um preço um pouco mais camarada acho que venderia bem, sim. Uma Flanders red pode vender bem com o marketing certo (até porque não tem nenhuma no Brasil). Temos poucas opções no mercado, e as que temos são muito caras. Para a galera que foi à Bélgica, são cervejas muito caras por lá?

Bom, acho que esse acaba sendo o grande problema pra importação dessas cervejas. Trazer cervejas já é muito caro aqui, legalizar uma nova cerveja é mais caro ainda.
Se o importador imagina que vai vender cerca de 1.500 garrafas por ANO, não vale a pena. A não ser que ele tenha lucro de pelo menos uns R$ 30 em cada garrafa, porém, nessa margem ela chegaria para o consumidor final a pelo menos uns R$ 100.

Na Bélgica não achei caro não, um tipo que não conhecia que gostei muito lá é a Faro. É uma Gueuze mais adocicada, bem boa.

* Tomei 4 tipos da Baladin... pelo preço não vão vender nem perto de 200 por mês não, achei muito sem graça pra custar 65 paus a garrafa.

André Silva escreveu:

* Tomei 4 tipos da Baladin... pelo preço não vão vender nem perto de 200 por mês não, achei muito sem graça pra custar 65 paus a garrafa.

Tomei só a NORA. Achei ela interessante, mas ta cara realmente para o que oferece.

marcussi, tem agora a Burgman Flanders Red, de sorocaba. agora se ela realmente está dentro do estilo eu nãi sei, não tenho parametro de comparação, mas não senti nenhuma característica "sour" nela.

Marcelo Vodovoz escreveu:

marcussi, tem agora a Burgman Flanders Red, de sorocaba. agora se ela realmente está dentro do estilo eu nãi sei, não tenho parametro de comparação, mas não senti nenhuma característica "sour" nela.

Veja minha avaliação dela, Marcelo. Ela remete muito vagamente a uma Flanders red porque tem uma pontadinha de acidez, mas não é sour. E não tem a pegada vinificada do estilo. Nada sequer próximo de uma Rodenbach, por exemplo. Em suma, não pode ser enquadrada no estilo, nem mesmo como um "mau exemplar". Até porque são processos de fabricação bem diferentes.