Heineken: garrafa (verde) x lata

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14 anos 9 meses atrás #8841 por um visitante
Respondido por um visitante no tópico Re:Heineken: garrafa (verde) x lata
David,

Não entendi bem, o que você afirma então é que ela se altera tanto no aroma quanto no paladar, correto ? No caso do teste que fiz não notei diferença no aroma, e no paladar notei apenas um amargor mais firme e uma sensação mais seca na versão lata, de resto estavam iguais. Isso então pode ter relação ao tempo que foi envazada e armazenada, ou seja, as comprei "novas" mas se eu mantivesse ambas guardadas por algumas semanas, em ambiente claro, a versão lata preservaria melhor suas qualidades enquanto a versão garrafa apresentaria os tais off-flavours ?
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14 anos 9 meses atrás #8847 por Tom Adamenas
Guima, já fiz esse teste também (até tinha um outro tópico, sobre as garrafas verdes em geral) e as diferenças me pareceram bem evidentes, mas é claro que aí vai entrar também a questão do transporte e estocagem das brejas do próprio estabelecimento.

Na versão longneck que comparei com a lata, lá estava a tradicional Heineken com suas clássicas características, mas na lata ela realmente se apresentou bem mais seca e com o aroma mais suave, menos intenso nisso que sempre me pareceu "lúpulopracaralho" das longnecks. Só que esse suposto "lúpulopracaralho" sempre me enjoou, sendo que a versão em lata foi uma descoberta maravilhoa pra mim! heheh

E uma coisa que eu tinha comentado nesse outro tópico é que as garrfas verdes, inclusives as marrons mais clarinhas, tipo a Estrella Galicia, apresentam um sabor, no meio dos outros, em comum, que entendi como sendo o da oxidação do lúpulo pela luz.
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14 anos 9 meses atrás #8919 por Alexandre Almeida Marcussi
Guima, o MBT (sigla para o composto químico gerado pela reação de um derivado do lúpulo em contato com a frequência azul da luz) é um composto aromático. Ele não influencia nas características de paladar propriamente ditas da cerveja (como seu amargor, sua doçura, sua acidez etc.), apenas exala um aroma bem característico que pode ser sentido com facilidade através de inalações (antes de beber) ou com a cerveja na boca - ou seja, pode ser percebido tanto como "cheiro" quanto como "sabor". Se vc só sentiu amargor e secura de diferente, então das duas uma: ou vc não identificou esse aroma específico, ou então a sua garrafa não estava afetada por esse off-flavor (pode acontecer, nem toda garrafa verde sofreu exposição suficiente à luz para desenvolver MBT). Eu identifico esse aroma a bexiga de festa.

Existem vários outros off-flavors que podem surgir no acondicionamento inadequado da cerveja, inclusive com a exposição ao sol e a variação de temperatura. Eles afetam cervejas de qualquer tipo de envase. O MBT, especificamente, está relacionado à ação da luz, sendo mais raro em garrafas âmbar e não ocorrendo jamais em latas (embora às vezes - acredite - ele possa aparecer depois que a cerveja já está no copo dependendo da luminosidade direta e do tempo de exposição).

E o Tom está certo: esse aroma é frequentemente associado ao lúpulo aromático, mas isso não é exatamente correto. A Heineken é um ótimo exemplo porque, na verdade, o aroma de lúpulo dela é bem suave e delicado, mais sutil do que algumas outras premium do mercado. Todo aquele cheirão característico da Heineken de garrafa é MBT. Tem gente que aprecia, mas a verdade é que não é aroma de lúpulo.

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14 anos 9 meses atrás #8921 por Mauro Renzi Ferreira
Me permitam uma "viagem": Há um tempo atrás provei, no Melograno, a Heineken fabricada na França e envasada naquela linda garrafa de alumínio e o gosto era bem diferente.

Seria somente uma receita mudada?
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14 anos 9 meses atrás #8926 por Alexandre Almeida Marcussi
"Diferente" como, Mauro? Com certeza ela não tinha MBT, porque a "garrafa" era de alumínio, então em teoria deveria ser mais parecida com a de lata.

De fato há alterações na receita de país para país - inclusive, existem alterações na receita dentro da mesma fábrica dependendo do destino da cerveja, em alguns casos. Pode ser o caso da Heineken da simpática garrafinha de alumínio (que eu não provei).

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14 anos 9 meses atrás #8929 por Mauro Renzi Ferreira
Marcussi, era [bem] menos amarga, definitivamente.

Até minha namorada atestou o mesmo e, inclusive, não gostou.
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