Vinicius, seja bem-vindo. Muito pertinente a sua pergunta, eu mesma já fiz indagação semelhante no início do ano passado. No final das contas, tirando a tributação alta, a burocracia governamental e o uso primordial de matéria-prima importada, algozes sobre os quais recaem todas as culpas e diatribes (fora o uso excepcional de ingredientes mais nobres e procedimentos ultra-caros), ninguém mais soube dizer algo de concreto.
Eu concluí por conta própria que, em alguns casos, lucros gordos têm muito que ver com isso: do produtor ou do revendedor, quando não de ambos; por exemplo, a Falke Monasterium sai por trinta e poucos em BH, aqui no estado de São Paulo quase dobra de preço; as Wäls LN eu comprei no Mamãe Bebidas por menos de 10 pilas, nos empórios de São Paulo o preço já quase bate na casa dos 20 e nos bares passa com folga disso, de modo que sua pergunta vou deixar pro pessoal que não gosta quando me queixo do preço de cervejas responder.
O que ninguém explica é como a Eisenbahn, mesmo antes de ser comprada pela Schin (antes que queiram puxar esse coelho da cartola), conseguia fazer cervejas excelentes como a 5 Anos, a Weinzenbock e a Strong Golden Ale e vendê-las ao consumidor final por menos de R$ 5,00 a garrafinha. Levando-se em conta que ela tb sofria com a burocracia estatal, com o uso de matéria-prima importada e com a alta carga tributária, concluo que deveria ser milagre, só pode.
Em tempo: a linha regular da Bamberg, quando vendida pela própria cervejaria, tb fica na casa dos cincão e no geral são ótimas cervejas.