Preta e de espuma bege e de baixa duração. Aroma, por mais incrível que possa parecer, eh de azeitona intensa. O tostado achocolatado aparece no fundindo.
No sabor a azeitona desaparece. O torrado sobressai, de forma nao agressiva, nada de cinza.
Uma boa cerveja, mas o aroma da uma desanimada forte e prejudicou bem o conjunto.
Degustada a 14,0 graus de temperatura.
Essa imperial stout americana merece ser considerada uma das melhores da Dogfish Head.
Sua coloração é negra e seu creme marrom tem pouca formação e duração.
Seu aroma apresenta notas de azeitona (não sei se é um defeito), malte torrado e madeira.
Seu sabor comprova o torrado e a madeira adiantados no aroma e notas defumadas.
O álcool é levemente notado tanto no aroma quanto no sabor, que se mostra amargo no
final e tem uma suave acidez constante. Corpo médio e textura licorosa com baixa
carbonatação. Um conjunto muito bom mas que foge um pouco ao estilo (já que não é
100% RIS). Um resultado interessante que vale a pena ser degustado. Recomendo!
Destaque: Degustada nas ilustres presenças dos confrades Sangion, Balbin, Cancegliero e Crux.
Coloração preta opaca, baixa formação de um creme marrom de pouca duração e boa densidade. O aroma traz inusitadas notas de azeitonas, leve acidez, alguma madeira e uma leve presença alcoólica ao fundo. O paladar entrega uma leve acidez, pouco de defumado, madeira e um amargor de torrefação no final. Cerveja de corpo médio, textura licorosa, baixa carbonatação e médio drinkabilty. Bem interessante, mas não chega ser uma RIS em minha opinião.
Sem muito o que falar sobre o conceito da cerveja, coisa que o Paulo brilhantemente já fez.
A cor é de um negro absolutamente profundo, sendo evidente apenas nas bordas a translucidez dela, mostrando-se marrom-rubi. O creme possui formação mediana e baixa retenção, sendo de cor marrom. O líquido é evidentemente denso já no momento em que é servido.
No aroma predomina intensamente o café queimado, abrindo espaço para um leve chocolate e algumas notas alcoólicas. Quase nenhum lúpulo pode ser encontrado aqui.
O paladar é marcado também pela intensa torrefação do malte, mas com algumas notas mais doces, talvez do hidromel. A sensação é mais a de uma porter que de uma imperial stout, apesar da intensidade do conjunto. A carbonatação fica mais evidente na boca, que enche mesmo com pequenos goles, auxiliada pelo alto teor alcoólico. O final torrado é bastante longo e pouco seco.
Uma cerveja magnífica, digna da complexidade e importância do álbum de Miles da qual é homônima, indispensável acompanhamento aliás para o desfrute de toda a aura que ronda esta breja. Mas é bom ressaltar que só a primeira faixa (Pharaoh's Dance), com seus 20 minutos, não basta para uma única taça.
Cerveja e música pra fazer a cabeça!
Novamente um obrigado ao Du, por nos ter servido uma incrível breja!
No final de semana do dia 21 de novembro de 2010, vai ao ar no Discovery Channel o primeiro episodio da nova serie cervejeira "Brew Masters", estrelada pelo dono da Dogfish Head, Sam Calagione. Esse primeiro episodio sera' justamente sobre a historia por tras da fabricacao da Bitches Brew, uma cerveja feita especialmente para comemorar os 40 anos do lancamento do album homonimo pelo genio do Jazz Miles Davis.
Miles Davis produziu muita musica em sua carreira e esse album de 1970 e' considerado por muitos como o mais revolucionario da historia do Jazz, principalmente por promover a fusao do Jazz e do Rock com a experimentacao de instrumentos eletricos, algo que nao tinha sido feito ate' entao nesse genero musical.
Reza a lenda que o Sam escutou esse album quando estava escrevendo o projeto de sua nova cervejaria, logo apos ter saido da faculdade em Nova Iorque. Ele diz que decidiu que deveria fazer cervejas revolucionarias, inovadoras e criativas, e que sua nova cervejaria deveria estar para a industria cervejeira assim como esse album estava para o Jazz.
Hoje, 17 anos depois, a Dogfish Head e' justamente a materializacao deste ideal e produz a maior quantidade de cervejas inovadoras (muitas vezes bizarras ate') e com teor alcoolico maior que 10% do que qualquer outra cervejaria do mundo.
Por essas e outras, quando procurados pela Legacy Recordings para este projeto, acabaram aceitando sem pensar. Aqui vai o link do projeto onde voce pode ouvir as musicas desse album e ver um video do Sam Calagione contando toda a ideia por tras da cerveja e mostrando os seus ingredientes, vale a pena "perder" 5 minutos! http://www.milesdavis.com/us/brew
Na gravacao do album, Miles Davis pediu para sua banda fazer uma Jam Session com instrumentos eletricos. Porem ele frisou para que eles fizessem isso de uma maneira meio desordenada, sem aquele swing basico do Jazz que vinha sendo produzido na epoca. Depois, juntamente com seu produtor Teo Macero, ele recombinou essa musica no estudio.
Imaginada como a perfeita cerveja para harmonizar com a comida favorita do Miles (Uma receita apimentada de Chilly) a cerveja e' uma combinacao de 3 partes de Imperial Stout feita com acucar mascavo africano e 1 parte de Tej (http://en.wikipedia.org/wiki/Tej) que e' um Mead (Hidromel - bebida fermentada de mel) originario da Etiopia. Nessa bebida, que tradicionalmente era feita em casa, ocorre a adicao de uma raiz chamada Gesho, com o intuito de dar o amargor para contrabalancear a docura do mel, mais ou menos como os lupulos sao usados na fabricacao de cerveja.
Assim como a combinacao de tres partes de uma bebida tradiconal (Imperial Stout) com uma parte "exotica" (o Tej) o album combinou musica tradicional (Jazz) com um estilo indefinido desenvolvido naquela jam com os instrumentos eletricos.
Segundo a Dogfish essa cerveja deve ser bebida nao muito gelada, de preferencia em uma taca de vinho tinto com o album Bitches Brew tocando ao fundo. Foi exatamente o que eu fiz.
Coloracao negra e densa no centro com minima quantidade de luz passando nas suas extremidades. Ao roda-la na taca, percebe-se sua viscosidade quando o liquido escorre pelo vidro. O colarinho de um dedo e' marrom-claro e se reduz a uma fina camada apos cerca de 2 minutos, com boa persistencia nos lados do copo durante o consumo.
O aroma e' mais puxado para o lado do malte escuro, mas nem tanto como outras Stouts. Percebo o malte, chocolate amargo, frutas escuras, notas herbais e um pouco de alcool evaporando. Ele se intensifica um pouco conforme a temperatura vai aumentando, mas ainda acho que poderia ser mais intenso.
Ao bebe-la logo de cara percebo as notas de malte escuro/torrado (bem queimado), seguida por chocolate meio amargo, mel e uma presenca notavel de uma mistura amarga/defumada mais pro final. No aftertaste notas herbais, terrosas e amargas que devem estar vindo da raiz de gesho. Alcool pouco perceptivel.
O corpo e' medio e definitivamente mais light que a maioria das Imperial Stouts. Carbonatacao media a alta com finas bolhas que pinicam o ceu da boca a cada gole. Cremosa e grudenta na boca. Drinkability alto para o estilo.
Cerveja interessante e facil de tomar. Nada absurdamente diferente mas vale a pena provar, tanto pela cerveja em si quanto pela incrivel historia por tras da sua criacao.