Esta é a quinta Jambreiro de Humberto Ribeiro Mendes Neto que tive o prazer de degustar. Ela estava a uns 30 dias na minha geladeira aguardando ser apreciada e, novamente, só tenho elogios para mais esta criação do mestre cervejeiro mineiro. Linda cor castanho escuro, que veio coroada por um creme espesso de notável formação e duração, formando um belgian lace digno de respeito (dos mais bonitos que já vi). Aroma fantástico, muito frutado, trazendo notas de ameixas e uvas passas, além de fermento, lúpulo e algum malte, com o álcool perceptível, mas sem incomodar. Esta sensação se repete, mas agora na boca, e amigos, que delícia! Uma pancada de sabores, rica e um tanto quanto complexa, esta Belgian Dark Strong Ale se mostra perfeitamente inserida dentro do estilo que representa. Textura densa, corpo robusto. Acrescente às sensações anteriores a pegada do lúpulo, que amarga a língua e em parceria com o álcool, arranham discretamente as paredes da garganta. Notável! O final é frutado, mas imbuído de um amargor marcante, que prolonga sua sensação e aquece a goela, revelando um calor alcoólico perfeitamente aceitável. Retrogosto doce, evidenciando os maltes. Caro Humberto, deixo aqui registrado o meu apreço por mais esta belíssima cerveja! Saúde e longa vida!
Para falar a verdade, não morri de amores por nenhuma Jambreiro, são boas cervejas, mas não fazem meu estilo. Todas as que tomei tinham aquele fermento muito pronunciado típico das artesanais, que não me agrada. Bom, vamos à cerveja:
Coloração castanho escuro, acobreada contra a luz, turva. Apresentou ótima formação de um creme bege escuro, consistente, de longa persistência, que deixou camada perene sobre o líquido e formou um belo lacing nas paredes da taça; para mim, a apresentação é o ponto alto dessa cerveja. No aroma, torrefação evidente, um fermento totalmente deslocado, chocolate amargo e lúpulo herbal, não senti frutas escuras como relataram os confrades abaixo. O sabor segue o aroma, sendo torrado, achocolatado, com final amargo e seco, no qual o lúpulo herbal dá as caras novamente. O álcool é muito bem inserido, tenho que reconhecer isso, parece que tem no máximo uns 8% ABV, se tanto. Corpo e carbonatação médios. Achei essa cerveja mais com cara de uma stout ou porter mais lupulada do que de belgian dark strong ale. É interessante, mas não fez minha cabeça, não.
Coloração marrom com creme bege, extramente denso que se formou muito bem e teve ótima persistencia.
Seu aroma traz um frutado com notas de ameixa frescas, uva passa e um sutil alcool que é percebivel mas não chega a incomodar.
No sabor o frutado do aroma aparece novamente juntamente com o caramelo muito presente, e dolçor na medida certa, final levemente amargo contrabalanceando com as sensações iniciais.
Excelente!!!!
Quem está acostumado com as dark strong ales belgas encorpadas e densas, no estilo Chimay, vai se surpreender bastante com esta cerveja perigosamente leve, de boa drinkability e com alguma refrescância. Traz cor castanha, meio violácea, com creme na média. Já no aroma, penso ter notado o parentesco do fermento com aquele usado na Jambreiro Blondie do Humberto Mendes Neto, que traz as mesmas notas frutadas muito frescas de maracujá. Aqui, elas se fazem acompanhar de caramelo do malte e talvez de um toquezinho de frutas passas. No sabor, mais uma vez o frutado domina, com uma presença suave mas agradável dos maltes na finalização (caramelo e leve torrefação). Paladar equilibrado entre doçura frutada e maltada e amargor, tendendo talvez um pouco ao adocicado. O que mais impressiona é a facilidade com que ela desce: seu corpo suave é até refrescante, e o álcool mal se faz notar (e olha que 9,5% não é brincadeira). Pense numa strong golden ale mais leve, bem frutada, e adicione um pouco mais de sabor dos maltes levemente torrados. Parabéns ao Humberto, que mostrou com essa cerveja que sabe muito bem controlar as características de suas receitas para manter a delicadeza do conjunto.
Castanho escuro, creme moreno, bolhas médias e com boa permanência. A complexidade dessa cerveja começa no aroma, que traz frutado, malte, ameixa passa... O paladar confirma a profusão de aromas, trazendo ainda toffee e um tostado suave em uma cerveja medianamente encorpada e equilibradíssima. O alto teor alcoolico fica bem harmonizado. Enfim, nada a dever para a melhores belgas do estilo, excelente cerveja.
