Interessante a matéria. É algo que nós aqui já estamos carecas de saber, mas que muita gente nesse enorme mercado consumidor, provavelmente a sua maioria, não sabe.
Eu tendo a preferir cervejas puro malte, mas é complicado tomar uma posição mais firme nesse sentido, porque a escola belga está aí com maravilhosos estilos que levam grãos não-maltados e açúcares dos mais variados tipos, e são cervejas MUITO saborosas. Basta mencionar Leffe, Karmeliet, as trapistas... Aqui, porém, o objetivo não é o de redução de custos, como eu acredito que seja o caso das nossas lagers de massa, mas sim produzir cervejas de elevado teor alcoólico que não sejam muito "pesadas", principalmente, sem prejuízo do sabor.
Essa conversa de "adaptadas ao paladar do consumidor brasileiro" é passível de questionamentos, a meu ver. O "paladar brasileiro" não nasceu assim, ele foi induzido através dos anos pelas grandes cervejarias, de forma muito conveniente. Fenômeno muito semelhante ao que ocorreu nos EUA, com a Bud. Acostuma-se o consumidor com este tipo de paladar, e até que ele abra sua mente e desperte seu interesse por cultura cervejeira, ele continuará "fiel" ao seu rótulo popular trincando de gelado. E com isso, é possível manter uma produção larga a custos menores...
Luiz, acho que você estava zoando quando falou em "malte de milho", não?