La Trappe

Galera, comprei uma La Trappe Quadruppel na garrafa de ceramica e como veio no kit, estava lendo a caixa e eu que já tinha uma duvida acabei ficando com outra.

1 - Ela é uma cerveja de guarda?? Vale a pena segurar a onda e guarda-la para evoluir???

2 - Na caixa informa que no fundo da garrafa se forma um residuo no qual deve-se servir com muito cuidado para não se misturar esse residuo com o liquido.
É isso mesmo??? Fazendo isso não corre o risco do creme não se formar da maneira que deveria???

Anderson, esse "resíduo" que se forma no fundo da garrafa da La Trappe é a mesma coisa que tem em todas as ales belgas refermentadas na garrafa: levedura. De modo geral, sempre se recomenda servir as cervejas belgas sem o fermento, mas tem gente que prefere com. Vai do gosto.

Para servir sem o fermento (ou com o mínimo possível), despeje o líquido sem fazer movimentos muito bruscos, e deixe um dedinho ao final da garrafa. Se quiser, deguste esse restinho depois, à parte. Não gire a garrafa (como vc faria com uma Weizen), e deixe-a repousar sempre em posição vertical antes de servir. Isso serve para praticamente todas as ales belgas refermentadas na garrafa, incluindo as outras trapistas e ales de abadia. Não prejudica em nada a formação de espuma, que vc ainda pode controlar através da distância entre a garrafa e o copo. A La Trappe Quadrupel tem um creme inicialmente bem volumoso, inclusive, e uma carbonatação generosa.

Sobre a questão da guarda, este é um estilo que se presta bem à guarda de maneira geral, sobretudo pelo alto teor alcoólico e, claro, por ser refermentada na garrafa. Mas eu não saberia dizer o potencial concreto. Mas digo que, jovem, ela é ótima!

E saúde! Esta está entre as minhas preferidas!

Apesar da recomendação, sou da opinião que se deve misturar, mas já que tem duas garrafas beba uma com e a outra sem o tal resíduo.

Guima, esse kit é diferente dos outros, é composto por 1 garrafa de ceramica + 2 taças.

Se fosse composto de 2 garrafas era certeza que faria isso..., porém só tenho uma chance e por isso resolvi consultar...hehe

Como eu disse, vai do gosto. O Guima prefere misturando o fermento. Na minha experiência, algumas brejas ficam boas misturando, outras têm certas características que realmente ficam prejudicadas. O fermento adiciona uma sensação meio "terrosa" no gole, uma certa secura, que eu, pelo menos, noto principalmente no retrogosto. E a claridade do líquido também fica prejudicada; em alguns casos extremos, é possível até ver os "flocos" de fermento no líquido.

No caso de cervejas mais rústicas, torradas, amargas e/ou secas, essa secura meio "terrosa" cai bem no conjunto; mas no caso de cervejas delicadas e com malte mais rico, acho que pode prejudicar. Mas não é nada intrinsecamente prejudicial. Na dúvida, Anderson, deguste o "dedinho final" do líquido à parte (como eles sugerem na Westmalle, por exemplo). Ou compare o primeiro copo (que sempre vem com menos resíduo) com o segundo.

Boa dica, eu devo ganhar isso de presenta da minha amada.... Esse mesmo kit... E uma observacao, um dia desses, eu bebi uma Trappist Archel, espero estar certo o nome, e notei que tinha Residuos DEMAIS, que no primeiro copo, sem misturar, eu notei residuos, ai fui misturar para ficar mais equilibrado, e foi demais, ou seja, nao foi uma boa experiencia, foi uma pena, pq a cerveja era otima mesmo, so nao desceu bem... O que fazer nesses casos ?