Pessoal, vou iniciar aqui um novo tópico de discussão para a seguinte questão:
Ontem estive fazendo a minha visita mensal "obrigatória" no Bar Anhanguera, aqui em São Paulo, capital, e logo de cara tive uma surpresa: Dois novos freezers da Cervejaria Petrópolis, ou seja, da Itaipava mesmo.
Assim que tive uma oportunidade, perguntei aos garçons o que significava aquilo e a resposta foi mais ou menos a seguinte: Eles começaram a incluir Itaipava no cardápios por duas razões...
1) Porque a própria Cervejária Petrópolis, de acordo com um dos garçons, pagou uma "grana violenta" para que o Anhanguera colocasse as suas cervejas (ou a sua cerveja, pois creio que é somente a Itaipava standard mesmo) à disposição dos clientes (é claro que, a longo prazo, eles ganham com isso também).
2) Para não perder, não deixar de ganhar ou ganhar novos clientes, uma vez que muitas pessoas que vão ao Anhanguera pensam que estão entrando em mais um dos milhares de bares "convencionais" que existem por ali. Isso eu mesmo pude comprovar, pois como estava sozinho ontem, fiquei mais atento ao movimento e às conversas alheias e uma determinada hora presenciei uma moça falando o seguinte ao celular: - "Eu estou no Anhanguera... Fica do lado do 'Bar X'... É que lá estava muito lotado, não dava pra sentar, então eu vim pro lado". Bom, acho que isso resume bem o perfil de, pelo menos, 50% da clientela diária, ao menos nos finais de semana, quando o movimento é maior.
Enfim, de fato, a dita cuja já é a mais consumida no bar. Novamente me arrisco a dizer que pelo menos 50% do público de ontem consumia baldes e baldes de gelo com três Itaipavas dentro de cada um. Isso ainda é reflexo da "nossa" (não mais a minha) cultura de consumir "a mais barata". É triste ver isso acontecer, mas quero deixar claro que, ao levantar essa "lebre", NÃO estou, absolutamente, falando contra o Bar Anhanguera. Pelo contrário, entendo a necessidade deles, até porque precisam sobreviver e tornar o seu negócio economicamente viável e rentável, mas que é triste, isso é.
Vale lembrar, contudo, que outros bares mais especializados da cidade, como o Frangó, o Asterix e o Laura Aguiar, também vendem as "cervejas comuns". Agora foi a vez do Anhanguera, até porque, neste novo endereço, no pedaço mais badalado da Rua Aspicuelta, na Vila Madalena, fica difícil não disponibilizar o convencional, sob a pena de perder a freguesia. Apenas o Empório Alto dos Pinheiros ainda se mantém incólume, e creio que assim será por um longo tempo, uma vez que a sua localização e sua proposta de público (eles não são um boteco nem um bar) o fazem ser diferente.
E vocês, confrades, o que pensam sobre essa "beer profanação".
Inevitável? Fruto da "nossa" cultura"? Enfim...