Rumo a Trapista.

Marcio Rossi escreveu:

Marcelo Vodovoz escreveu:

...existem outras que são feitas em monasterios carmelitas(tripel karmelit?), existem outras que são feitas por franciscanos(franziskaner) e por ai vai...

Aiaiai...!!! Karmeliet é de uma cervejaria familiar (Bosteels) e a Franziskaner não tem nada de "franciscana" desde sua remota origem (passou por diversas mãos, hoje é da Ambev...)

Marcio:

tinha duvida sobre a karlmelit, por isto, coloquei um ponto de interrogação. obrigado por responder minha dúvida.
quanto a franziskaner, jurava que tinha a fabrica num mosteiro. obrigado por me corrigir.

Aguinaldo, faço coro com os colegas. Evite mistificar as cervejas trapistas, que são cervejas como quaisquer outras de seus estilos, com o diferencial de que são produzidas dentro de monastérios cistercienses de observância estrita ("trapistas"). Costumam ser excelente exemplares de seus estilos, é verdade, mas nem por isso devem ser postas à parte como algo "especial". Experimente-as com o mesmo respeito com que experimentaria qualquer boa breja belga.

E são cervejas bem diferentes entre si, também. Não é porque são "trapistas" que possuem necessariamente características em comum: é só comparar, digamos, uma La Trappe Witbier, uma Orval e uma Chimay Grand Réserve para atestar o que estou falando. Por isso, procure atentar para o estilo daquela que vc escolher para provar. Aliás, se vc quer uma indicação, eu sugeriria a Chimay Bleue/Grand Réserve para se iniciar no mundo das trapistas em grande estilo!

Eu levei anos pra abrir um Johnnie Walker Blue Label. Tudo isso porque esperava o "momento certo"...
 
Quanto às cervas trapistas, reforço a questão da temperatura de serviço. Servidas geladas, você deixa de aproveitar o que elas têm de melhor. E nada de fazer coisas no dia que atrapalhem o seu paladar, como por exemplo mascar chicletes!

Grande recomendação do Marcussi... começar com uma Chimay Bleue/Grand Réserve seria otimo. Uma La Trappe também seria legal, pois acho que é a trapista mais comercializada, mais "comum". E depois de achar que vc sabe sobre o sabor das cervejas trapistas, tome uma Orval e mude totalmente seu conceito, hehe... Vai sem medo!

Alexandre Marcussi escreveu:

(...)Evite mistificar as cervejas trapistas, que são cervejas como quaisquer outras de seus estilos, com o diferencial de que são produzidas dentro de monastérios cistercienses (...)

Concordo plenamente. "Trapista" remete imediatamente a essa mistificação que evoca o artesanal, exclusividade, mistério... Essa imagem é explorada por um sem número de produtos com padrecos nos rótulos mesmo que não possua nada de religioso em sua origem.

As trapistas são poucas, e são limitados os estilos cobertos por elas. Algumas delas são realmente excepcionais, ao meu gosto. Da mesma forma, existe muita cerveja formidável sendo feita em todo o mundo, incluindo além da escola belga, a inglesa e a alemã.

As trapistas são apenas algumas das excelentes opções disponíveis entre tantas de cervejas especiais.