O ruim de tomar uma cerveja dessas é que fica aquela sensação de "poxa, podia ser barata pra regar o churrascão de domingo..."
A garrafa é atrativa. O nome e a história tornam o ritual tão mais cauteloso que silenciar pra escutar a tampa abrindo foi um acordo mudo entre os presentes.
Deitada no copo, um creme branco e denso cresceu de maneira vigorosa e o líquido, dourado, mostrou uma carbonatação média-alta de encher os olhos.
O aroma que se desprende evidencia logo um lúpulo um tanto herbal, muito aromático e gostoso. O malte se mantém mais atrás, mas deixa o conjunto bem equilibrado. Notei também uma leve presença de pão, que serviu como detalhe majestoso. Mas mesmo pegando a garrafa do fundo da prateleira, mais escondidinha, notei um leve lightstruck nela, mas nada comprometedor, até suave pro esperado em uma garrafa verde.
Virando o primeiro gole, o lúpulo domina, mas sem agressividade, acompanhado de uma carbonatação que enche a boca, mas não estufa. O malte aparece na sequência e logo abre espaço pro lúpulo voltar amargando toda a boca no retrogosto, ligeiramente seco.
Deliciosa, equilibrada e fácil de beber, é uma tristeza essa breja ultrapassar a casa dos 10 mangos pela garrafa.
Particularmente me agradam muito as bohemian pilsners. Logo, estava esperando ansioso pela oportunidade de provar aquela que inventou o estilo e revolucionou o mundo da cerveja: Pilsner Urquell.
A apresentação já demonstra o que é ser Pilsen. Coloração dourada bem intensa com boa formação de creme de média persistência mas que deixa belos laços ao longo do copo.
O aroma é uma explosão de lúpulos herbais. Muita grama cortada mas imediatamente equilibrada com notas maltadas.
No sabor é novamente o lúpulo quem comanda. Mas nas primeiras sensações do gole um leve adocicado é percebido. Mas rapidamente o lúpulo chega ao palato proporcionando uma sensação incrível de refrescância aromática. Bastante seca mas extremamente balanceada alternando sensações amargas com notas doces ao longo do gole. O final é deliciosamente amargo mas o que permanece no retrogosto é de uma suavidade impressionante. Que equilíbrio.
Finalmente o corpo bastante leve e a carbonatação média/alta contribuem para uma drinkability nas alturas.
Degustação obrigatória para quem ama cerveja.
Ps: por incrível que possa parecer, nenhum sinal de ligth struck.
Coloração dourado intenso, translucido espuma bem formada de media persistencia. No aroma o lupulo herbal eh o carro chefe e algumas notas maltadas mais adocicadas, na boca novamente uma explosão de lupulo seco amargo e adstringente, com notas mais discretas de malte mas que balanceiam bem essa cerveja. SEM DUVIDA UMA SENHORA PILSEN
Dourada brilhante com um creme branco médio. Esta é a Pilsen mais famosa, a 1ª Pilsen e dizem a melhor do mundo certo? Pode ser, mas o pessoal pode ficar bravo comigo, mas eu ainda assim gostei mais da 1795. Peraí gente, eu amei esta cerveja, ainda mais que minha primeira vez com ela foi no melhor bar de minha vida... Delirium Café. O aroma é levemente floral e o sabor amargo. O retrogosto amargo, magnífico e a drinkability sensacional.
Aparência dourada, sem patíticulas em suspenssão, com bom colarinho.Gosto inicial com notas de mel, mas logo o lúpulo se mostra,de amargo crescente até dominar totalmente, permanecendo de forma marcante.