O ruim de tomar uma cerveja dessas é que fica aquela sensação de "poxa, podia ser barata pra regar o churrascão de domingo..."
A garrafa é atrativa. O nome e a história tornam o ritual tão mais cauteloso que silenciar pra escutar a tampa abrindo foi um acordo mudo entre os presentes.
Deitada no copo, um creme branco e denso cresceu de maneira vigorosa e o líquido, dourado, mostrou uma carbonatação média-alta de encher os olhos.
O aroma que se desprende evidencia logo um lúpulo um tanto herbal, muito aromático e gostoso. O malte se mantém mais atrás, mas deixa o conjunto bem equilibrado. Notei também uma leve presença de pão, que serviu como detalhe majestoso. Mas mesmo pegando a garrafa do fundo da prateleira, mais escondidinha, notei um leve lightstruck nela, mas nada comprometedor, até suave pro esperado em uma garrafa verde.
Virando o primeiro gole, o lúpulo domina, mas sem agressividade, acompanhado de uma carbonatação que enche a boca, mas não estufa. O malte aparece na sequência e logo abre espaço pro lúpulo voltar amargando toda a boca no retrogosto, ligeiramente seco.
Deliciosa, equilibrada e fácil de beber, é uma tristeza essa breja ultrapassar a casa dos 10 mangos pela garrafa.