Moylan´s Ryan Sullivan´s Imperial Stout

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Coloração preta opaca (SRM30).
Espuma bege, perene, de alta formação e duração, marcando as laterais do copo.
Aroma bem proeminente de frutas negras, baunilha, caramelo, maltes torrado. Notas alcoólicas perceptíveis lembrando conhaque.
Sabor segue o aroma, inicialmente amargo e torrado, com uma picância alcóolica já no meio do gole que arranha levemente a garganta, muito bom. Notas doces de baunilha e frutas negras também são notadas, sutilmente no meio pro final do gole. Final seco, torrado e alcóolico.
Textura licorosa.
Carbonatação e corpo médio/alto
Muito boa!

Ryan Sulivan's Imperial Stout - Moylan's Brewing Company
Data de degustação: 29/07/2014
Volume: 650 mL
Horário de degustação: 20:22
Copo: Poco Grande

1. Aroma: chocolate meio amargo, baunilha e caramelo. É possível sentir um leve aroma de biscoito.

2. Aparência: mahogany, transparente, espuma bege e pouco duradoura.

3. Sabor: inicialmente, café e chocolate meio-amargo. Levemente cítrica, parecendo casca de limão. De fato, o retrogosto possui a típica adstringência de casca de cítricos. Alcool pouco perceptível, apesar dos 10%.

4. Sensação: corpo médio, quase encorpada. Levemente untuosa no palato. Há uma leve sensação de calor na garganta causado pelo álcool.

5. Avaliação geral: uma RIS singela, sem muitas pretensões, com boa drinkability. Os sabores/aromas são característicos das interpretações americanas de RIS. Talvez se a cerveja fosse mais encorpada, a mesma seria mais interessante em termos de sensação e palato.

Degustada numa das belíssimas noites regadas a hambúrguer caseiro, metal e papo/parceria da melhor qualidade. Uma das belíssimas cervejas da Moylan's recém chegadas ao Brasil. Esta deliciosa Imperial Stout tem cor negra intensa e espuma marrom escuro de incrível formação e resistência, deixando marcas por toda a extensão do snifter. O aroma é complexo e traz notas agudas de toffe, chocolate amargo, torrefação, café, cerejas e leve presença defumada, um espetáculo. O show continua na boca, a textura licorosa sugere ligeira sensação salgada, amargor de tosta e café bem perceptíveis, este amargor é equilibrado por notas de frutas como cerejas, deixando delicado dulçor residual. O calor alcoólico só aparece ao final do gole, que é seco e lembra expresso com chocolate. Já disse e repito, um espetáculo!

Imperial stout de força e caráter, com doçura marcante mas também com lupulagem assertiva em aroma e amargor - mas tudo isso sem excesso, o que a torna agradável de beber apesar de sua força. Na taça tem cor preta e brilhante, com creme de bom desempenho. O aroma traz em primeiro plano as sensações lupuladas, bem complexas e equilibradas, com destaque para os cítricos (grapefruit, casca de laranja) sob os quais aparecem toques de lavanda, cidreira e apimentado. A torrefação é ousada (nada daquelas imperial stouts achocolatadas e carameladas) e se mostra mais claramente na boca, com muito café expresso, queimado, chocolate amargo e uma doçura pungente de melado. Um tiquinho de frutas escuras - uvas passas. Na boca entra bem doce e melada, mas o amargor vai crescendo e conduz a um final levemente mais amargo, mas ainda com bastante doçura de fundo. O corpo é espesso, melado, e o álcool se comporta como um gentleman diante dos 10% ABV. Apesar de sua força e falta de elegância, tudo está bem equilibrado, de modo que ela ainda acompanha bem refeições (eu provei com um risoto de cogumelos e ela ainda deixou a comida brilhar) e o conjunto não enjoa tão rápido quanto outras imperial stouts carregadas demais. Gostei e recomendo para quem curte fortes sensações mas não quer arruinar o paladar em poucos goles. Só não recomendo a guarda, pois esta é uma imperial stout que depende do frescor de seus lúpulos.