Extremamente aromática, ao ser colocada no copo já mostra suas notas lupuladas, mais puxadas para o herbáceo e cítrico, perfumado. Obviamente o malte também aparece, mas quem dá as caras por aqui, no aroma, é com certeza o lúpulo.
Sua aparência é de um líquido acobreado, translúcido, sem nenhuma turbidez, formando uma espuma clara e média, tanto em altura quanto em duração. Baixa carbonatação aparente.
Na boca, mostra a maestria no equilíbrio do malte, com toque caramelo levemente tostado, lúpulo e álcool. O malte, presente em altas doses, traz o dulçor necessário para combinar com o lúpulo, dando um belo balanço na breja. O álcool incrivelmente pouco apareceu, apesar de estar na casa dos 10%. Obviamente sente-se pelo calor, mas aquela pegada alcoólica e agressiva não se nota. O final não é nem seco nem doce, porém ainda assim puxando mais pro amargo.
O retrogosto é amargo e começa a mostrar poucos sinais do álcool, que pelo visto começa a evaporar e se mostrar presente. Aqui aparece um pouco de uvas verdes.
Corpo licoroso, porém sem ser pegajoso/oleoso. Aveludado, preenche a boca de forma magestral. Delícia!
Belíssima coloração cobre, com espuma densa e persistente.
Aroma frutado, lupulado e deixando o alcool evidente.
No sabor, há matizes adocicados (caramelo, mel) e frutados (cítricos especialmente), logo envolvidos pelo amargor alcoolico e lupulado (cítrico e herbaceo) para fechar num longo final seco e amargo.
Boa cerveja, mas acho que o álcool é muito evidente, prejudicando levemente o conjunto.
A Brookly Brewery, como disse o confrade Bianchi, sempre primou pelo equilíbrio. Cervejas exatas, na medida, perfeitamente equilibradas.
Mas essa monster ale vai em outra linha. Em um teste cego diria tratar-se de uma Flying Dog pela força das sensações. Essa é uma Barley Wine para paladares treinados e afeitos à cervejas fortes.
A apresentação já demonstra o que pode-se esperar. Coloração acobreada com um creme dourado de excelente formação para o estilo. A persistência é baixa mas deixa um laço durante toda a degustação.
No aroma começa a força dessa cerveja. Minha primeira sensação olfativa foi o alcool. O que para mim é um ponto negativo e que quase dominou a cena. Mesmo assim a complexidade se apresenta com muitos frutados (frutas vermelhas e frutas cítricas), algumas notas de grama e um pouco de caramelo.
No sabor aumenta em agressividade. Inicialmente apresenta-se levemente adocicada, com notas de caramelo. Mas em seguida o que domina é o lúpulo. Complexas sensações de lúpulos: frutados e citricos. Mas novamente o alcool se faz, e muito, presente. O final é amargo, rasga o palato. E no retrogosto permanece a força dessa cerveja. O corpo é licoroso agregando ainda mais força o que acaba significando, mesmo comparativamente dentro do estilo, baixa drinkability.
Para os apreciadores de cervejas extremas um prato cheio. Para o meu paladar o extremismo rouba um pouco o prazer da degustação.
Mais uma das que estava presente na minha "wishlist" da cervejaria novaiorquina. Talvez essa seja a mais diferente das Brooklyn, justamente por não trazer a característica que ficou mais marcada para mim em suas cervejas: o equilíbrio.
Sua coloração é cobre, levemente puxado para o alaranjado e apesar de se formar em baixa proporção e ter baixa duração, tem um dos cremes mais "abundantes' que já vi no estilo e deixa apenas uma renda belga remanescente.
O que mais me surpreendeu na Monster Ale, é o jogo de lúpulos aromáticos usados, extremamente delicados, puxando para o frutado. Hora eles trazem frutas vermelhas, hora chegam com presença mais cítrica de laranja e tangerina, além de trazer uma leve lembrança de pêssego para fechar o frutado. Há uma presença de caramelo e mel, que acaba ficando em segundo plano, devido a supremacia frutada. O herbáceo também fica em segundo plano, acompanhado de uma nota alcoólica relativamente forte.
O paladar entra novamente com toda a potência frutada, principalmente trazendo traços mais marcantes de frutas vermelhas. O malte marca uma presença sutil de caramelo. Mais a frente as notas cítricas vão surgindo, com sugestões de laranja. o final é o ponto fraco talvez. Há boa presença condimentada do herbáceo, deixando esta Barley Wine mais amargas do que muitas no estilo, e de especiarias (cravo) e o álcool que vem com potência bem elevada, chegando a roçar um pouco na garganta e no meu modo de ver, acaba sendo o calcanhar de aquiles da cerveja. O corpo é realmente licoroso como há de ser. Tenho mais uma garrafa de Monster Ale guardada e minha esperança é que ela evolua bem, para amenizar um pouco a potência alcoólica excessiva e quem sabe dar um up na complexidade, que diga-se de passagem, já não é pouca coisa.
Mais uma opçao de Barley Wine que chega ao nosso mercado, talvez uma versao um pouco mais extremista devido a quantidade de lupulo presente mas ainda assim vale a pena experimentar.
No aroma, sentimos a presença do alcool (10,1%) e também a presença bem forte do lupulo e tambem uma presença mais frutada (que na agitaçao do ambiente foi o que pude distinguir)
A coloraçao é "cha mate" um pouco mais escura, com baixa formaçao de espuma de mediana duraçao.
No sabor, ela começa mais adocicada e logo evolui com a presença de malte e o alccol novamente se faz perceber, o conjunto equilibra com a profusao de lupulo no final que faz com que a cerveja termine bem mais seca, o retrogosto como nao poderia deixar de ser é bem amargo.
Sem duvida é uma boa barley wine, mas um tanto aspera para o meu paladar.