Struise Elliot Brew - (Struise Mikkeller)

Fresca das torneiras da Struise.
Cor marrom âmbar com um colarinho denso.
Aroma com notas de cerejas, profundo carvalho, Bourbon, caramelo e vinho.
Sabor com notas de cerejas, bastante carvalho, uvas, especiarias, terra, profundo Jerez, caramelos e suco de lúpulo. Retrogosto bem seco com um amargor decente.
Corpo de médio a robusto com carbonatação apropriada.
Com mais de 200 IBUs iniciais e agora no paraíso. Perfeita conexão entre lúpulo, envelhecimento em barril e profundidade doce.
Ap.3,75 Ar.4,25 Sab.4,5 Sens.4,5 Cj.4,5

Parcerias entre cervejarias para criar uma determinada receita são cada vez mais comuns no mundo cervejeiro. Mas dificilmente alguma parceria é feita com mercados mais conservadores, como o alemão e o belga. Uma das mais novas e mais chamativas cervejarias belgas, a De Struise, é uma exceção a regra, e tem inúmeras parcerias e se aventura em estilos que não são comuns na escola belga. Sua parceria com a Mikkeller, cervejaria dinamarquesa (recordista de parcerias, diga-se de passagem), foi para criar uma Imperial IPA, bem a lá americana.
Mostrou coloração âmbar em tons avermelhados, quase chegando ao rubi, com extrema limpidez. Seu creme é de coloração marfim, mostrou-se muito volumoso e persistente, com uma consistência cremosa que ajudou a desenhar rendas nas laterais do copo.
Como não podia deixar de ser, os lúpulos dominam o olfato, trazendo aromas frutados de tangerina, laranja, morando, além de tons herbais de capim cidreira e hortelã. Para contrabalancear, os maltes trazem bastante dos aromas adocicados de caramelo e açúcar mascavo.
Graças a essa robusta base de maltes, a cerveja não se torna equilibrada, porque se dependesse dos lúpulos, a boca ficava amarga para o resto da vida. E não é o que acontece. Mesmo o amargor dos lúpulos sendo bem "na cara", os maltes fazem um bom contraponto, deixando tudo equilibrado. A acidez e o álcool são bem evidentes também, mostrando que os caras não estão de brincadeira. Quando tudo parecia acabado, aromas cítricos de lúpulo dão as caras e finalmente uma pegada picante. A sensação de Full Body que os maltes causam é violenta, e acompanhada de uma alta carbonatação.
Uma das Imperial IPA mais marcantes que já provei e mesmo assim, não mostra um amargor tão poluído ou desconfortável de alguma mais leves do estilo. A Mikkeller e a Struise mostram que é possível, sim, fazer cerveja extrema com equilíbrio.

Turvo avermelhado âmbar denso, intenso com creme alto, bege. No aroma a expressão de lúpulos é muito bem balanceada com o malte caramelo que se harmoniza sem exageros. É na boca que essa Imperial IPA belga invade com força dos seus 130 IBU e introduz forte sabor “apimentado”, sua intensidade de lúpulos chega esquentando o sabor de agradável malte sugerindo elegante frutado em forte amargor e retro gosto marcante, ainda levemente “salgado”. A cerveja é complexa e interpreta o estilo com classe. No final temos a sensação do amargor extraordinário, bem pronunciado deixando o sabor do lúpulo cru presente na boca. A Mikkeller é fabricada na Deca Brewery em Woesten-Vleteren na Bélgica (apenas 10 minutos de Westvleteren) com assinatura De Struise Brouwers numa das primeiras parcerias da jovem e premiada cervejaria dinamarquesa Mikkeller.

Cor de mel, pode ser traduzido como um dourado intenso, quase ambar. Turva, com bastante sedimentos de fermento na garrafa, formou uma espuma bem alta de de duração permanente durante toda a degustação.

Aroma de lúpulo evidente, inicialmente floral e em seguida mais herbáceo, aliado com um belo aroma de malte tostado, que fica mais intenso à medida que a cerveja vai esquentando. No sabor o que aparece primeiro é o amargor e depois um tostado bem evidente. O lúpulo intenso em aroma e amargor, juntamente com o malte tostado, são as marcas da cerveja.

Efervescente, na boca vira uma espuma cremosa, causando uma sensação inusitada.

Cerveja extrema, com 150 de IBU, belíssimo produto da união de duas grandes cervejarias artesanais européias. Pena que é edição limitada.