Helldorado 667 Black IPA

Safra 2012 II - Helldorado Black IPA (6.5% ABV)
Essa Black IPA da Helldorado apresentou nessa safra uma base mais inglesa com ênfase para um perfil mais maltado e menos lupulado.
No pint apresentou um líquido negro, fechado, opaco, com leves nuances avermelhadas. Creme bege de excepcional formação, denso, persistente e que se agarra às paredes do copo.
O aroma não se desprendeu com facilidade, dando vez mais aos maltes tostados, chocolate e café. Senti falta do lúpulo.
No sabor uma entrada maltada com caramelo, logo aparecem notas torradas com pronunciadas sensações de café e chocolate, notas licorosas esquentam a degustação. Final suave, levemente amargo. Aftertaste levemente amargo com cinzas, notas defumadas e chocolate amargo.
O corpo é o ponto alto, extremamente sedoso, lembrando até uma stout. Carbonatação baixa, elevada drinkability, álcool perfeitamente inserido.
Como todas as criações da Helldorado extremamente equilibrada e sedosa.

Mais um estilo criado pelos inventivos americanos e reproduzidos pelos homebrewers curitibanos da Helldorado. Trata-se de uma típica India Pale Ale com adição de maltes torrados para dar uma "corzinha" a cerveja. O resultado é uma cerveja com complexidade advinda de lúpulos e riqueza profunda dos maltes escuros.
Sua coloração é de um marrom escuro, avermelhado, com translucidez bem baixa. Seu creme é bonito, tem uma formação abundante, uma coloração bege e boa permanência na taça.
No aroma, o lúpulo domina, mas de uma maneira mais frutada, remetendo a grapefruit e frutas vermelhas. A complexidade dos lúpulos não para por aí e ainda traz um delicado floral. O malte torrado é bem discreto no aroma, apenas trazendo um leve caramelado. Ainda há um fundinho frutado de maçã.
O malte é muito mais presente na boca, trazendo um caramelado bem mais intenso, acompanhado de um potente frutado de cerejas e ameixas secas. O lúpulo entra em equilíbrio com o malte torrado, trazendo um amargo sólido, porém equilibrado, entre ervas e café.

Sua cor é bem mais escura que uma IPA normal, puxando para um marrom violáceo bem bonito, com certa opacidade, creme bege, cremoso, denso e perene.
O aroma tem bastante frutado, que tendência mais cítrica, se dando principalmente pelo maracujá, seguido de leve torrado caramelado gostoso mel e pão preto; mais de fundo temos manga e um toque de café (?) talvez. E quando mais quente senti algo achocolatado e frutas escuras que me surpreendeu positivamente, de certo que não é algo que esperamos em uma IPA, mas isso vamos dizer que é um “experimento caseiro curitibano”.
Textura meio que cremosa diferente para uma IPA, corpo mediano para leve, e média carbonatação, com uma drinkability lá no alto. O sabor é evidenciado mais pelas notas torradas que lembram café, que se juntam bem com o maracujá, o que a deixa com personalidade. Algo de frutas escuras e um quê de chocolate e algo de ameixas verdes acho que chegam a amarrar a boca.
Final que contrasta bem o doce com amargo, esse amargor é diferente, só não sei como explicar, mas me agradou. Tem as notas cítricas e condimentado e secura que se encaixou bem.
Breja com personalidade impar, com sensações nunca sentidas por mim em uma IPA. Essa combinação de IPA com malte torrado me agradou profundamente.
Vale procurar, ainda mais se achar!!