Colarinho denso com ótima formação que rende até o último gole. Coloração alaranjada turva. No aroma mel, lúpulo e leveduras. No paladar doce presente (até demais!), notas de maça, cravo e mel e um amargor na medida. Tripel de responsa. So perde alguns pontos comigo pela doçura excessiva.
Mais uma das pérolas da Wäls, a Trippel combina admiravelmente bem os aromas frutados e florais com um paladar picante de muita personalidade. Transparência e creme impecáveis, com aroma em que predomina o floral de lúpulo (lembra varietais nobres alemãs) e os frutados doces (abacaxi marcante, maçã e banana mais sutis, um toque de laranja). Não carrega muito nas sementes de coentro típicas do estilo, mas pensei ter sentido um toque de anis, e talvez use pimenta para acentuar a forte picância. O malte é limpo e traz leve mel. O álcool se faz perceber generosamente (talvez mais do que deveria), misturando-se aos perfumes florais para dar uma sensação de gim no fundo da boca. Apresenta-se razoavelmente seca - a receita era bem mais doce antigamente e foi ficando progressivamente mais seca e elegante - e bastante picante, com amargor destacado e doçura suave. O corpo é mediano, na medida. No geral, penso que se trata talvez da tripel mais interessante produzida no Brasil. Destaco o contraste entre o aroma doce e frutado, por um lado, e o paladar seco e picante - talvez até em exagero -, por outro. Adoraria ver como essa belezinha se comportaria com um ou dois aninhos de guarda.
Que pena! Desse jeito não terei mais desculpas para voltar à Bélgica!...
Ótima cerveja, mas um pouco doce demais. Será que leva mel (o que iria lhe ajudar no alto teor alcoólico)?
Essa tripel, é na minha opnião, uma das melhores nacionais - não só do estilo, mas de todas as outras cervejas brasileiras.
Servida em um cálice trapista, essa cerveja adquiriu uma coloração laranja tendendo ao dourado, bastante turva; creme de formação excepecional e ótima duração.
Riqueza e explosão de aromas - a combinação de lúpulos aqui é incrível, além de frutas cristalizadas e muito malte.
No paladar é uma festa: ínicio doce (mas sem incomodar), na medida exata. Logo, frutas tomam conta da receita, principalmente as cristalizadas e damasco.
É possível sentir após algum tempo, um gostoso amargor no fundo da língua, indicando muito lúpulo.
Seus 9% de álcool mal aparecem nessa notável combinação de ingredientes.
Retrogosto suave, longo e levemente tostado e frutado.
Conjunto equilibrado e em perfeita harmonia - está, sem sombra de dúvidas, no mesmo patamar das belgas de elite.
Parabéns a Wäls por essa maravilhosa tripel nacional.
Mais uma vez a Wals acerta a mão. Uma Tripel complexa, aromática e saborosa. Creme bege, denso e consistente, de boa duração. Coloração âmbar, bastante turva, tem um aroma onde se sobressaem frutas amarelas, malte e álcool.
O sabor é rico, com frutado, cítrico, floral e álcool nítido mas equilibrado, e tostado no retrogosto. Também surpreende que mesmo sendo doce um pouco além da conta, isto não chega a desbalancear seriamente, embora este possa ser o principal ponto a melhorar na cerveja. De resto, uma cerveja realmente gostosa, que não faz feio perto das originais belgas.