Para mim pouco estilos são tão recompensadores quanto o Barley Wine. Pela complexidade, história e feitura.
Aqui, há tudo isso e mais. Uma cerveja nacional, com um potencial de guarda desse... Realmente considerei essa degustação um evento, pelo menos internamente.
Coloração âmbar acastanhada, com um brilho oleoso e espuma bem baixinha, só para "sujar" as laterais do copo.
Aromas complexos e ocultos. Você sente varias cervejas ao longo da degustação. Inicialmente abre com caramelo, licor e leve tostado. Com o tempo surge um frutado, bem maduro, de frutas vermelhas como morango e cerejas. Ao final do copo só sentia o vinho. Madeira de barriu, álcool e uvas passas, remetendo a um bom Porto.
O sabor é igualmente compensador. Muito caramelo, ameixas em calda, favas de baunilha, leve tostado, madeira, nuances de oxidação (para mim poeira) e novamente vinho fortificado. A textura é densa e licorosa, completamente de acordo com a graduação alcoólica.
A expectativa de toma-la novamente daqui a uns anos é enorme, já que um dos raros pontos não tão positivos que senti foi a doçura, achei um pouco enjoativa. Imagino que uns dois ou três anos irão dar uma atenuada providencial.
É double mesmo! De cor de mel ou âmbar com alguma turbidez, com creme bege de pouca formação e duração. No aroma a presença do mel e caramelo é sentida junto com o álcool ao fundo. No paladar é licorosa, com caramelo e madeira, com corpo médio-alto, com boa carbonatação. Média baixa drinkability. Foi uma surpresa agradável para o elevador teor bem inserido.
O Bode ataca mais uma vez. Na linha das melhores cervejarias artesanais apresenta sua primeira cerveja wood aged em escala comercial. Assinada pelos irmãos Samuel e Paulo Cavalcanti, nos apresenta essa american barley wine maturada por 9 meses em barris de carvalho francês anteriormente utilizados para o envelhecimento de vinhos da uva Cabernet Sauvigon. Com 15,1% de ABV é a cerveja mais alcoólica já produzida no Brasil e, segundo a cervejaria, se mantida a 12 º C vai durar pelo menos 10 anos. No conjunto atendeu à todas as expectativas. Muita baunilha e caramelo tostado com deliciosas notas licorosas que remetem à vinho fortificado. E olha que era a versão fresca. Como comprei 3 exemplares, agora é aguardar e apreciar a evolução nas degustações programadas para 2016 e 2019. Espero estar vivo para poder avaliá-la.
Na taça apresentou uma coloração âmbar intensa, levemente nebulosa e com um belíssimo creme, bastante denso, bem formado para o estilo, com média persistência e alguns laces.
Aroma expressivo com muita baunilha, caramelo tostado, frutas vermelhas e notas licorosas que remetem à vinho fortificado.
Na boca outra pancada sensorial com um entrada de caramelo tostado e frutas vermelhas com uma intensa mordida licorosa. A cerveja cresce com a temperatura agregando baunilha e algo de madeira. O final é tem caramelo tostado e notas licorosas que permanecem no aftertaste e juntam-se à notas de frutas vermelhas em calda.
O corpo é medianamente denso e a carbonatação surpreende pela presença em uma cerveja envelhecida por 9 meses. Álcool bem inserido mas que esquenta, e muito, a degustação.
No conjunto uma excepcional criação da Bodebrown que certamente crescerá bastante com o envelhecimento.
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