Nascida em 2005 na cidade paulista de Votorantim, a Bamberg é hoje uma das mais respeitáveis - e premiadas - microcervejarias atuantes no país. Detentora de uma profusão de rótulos inspirados nos mais diversos estilos da escola alemã, ela é fruto do trabalho dos irmãos Bazzo - Alexandre, Thiago e Lucas. Antes de montarem o negócio eles viajaram o mundo pesquisando e aprendendo tudo sobre a arte de fazer cerveja. O nome "Bamberg", aliás, presta homenagem à tradicional cidade alemã que, além de ser patrimônio cultural da humanidade, também é conhecida como o local de maior concentração de cervejarias por habitante no mundo.
O rótulo "Camila, Camila" presta homenagem ao hit homônimo dos anos 80 de autoria do grupo "Nenhum de Nós". A música retrata o drama de uma garota de 17 anos que sofria agressões do namorado. Na época que a música foi composta a moça era amiga dos membros da banda que, por sua vez, preferiram usar um nome fictício para fazer a canção. Curiosamente em 2011, ano que o rótulo foi lançado, a personagem "Camila" da vida real tinha 42 anos. Exatamente por isso, foi estabelecido que a cerveja teria 42 IBU. Segundo a banda, o relacionamento de Camila com seu agressor durou pouco e hoje ela tem uma vida normal.
Líquido amarelo ouro de discreta turbidez. Na taça exibe colarinho branco de altíssima formação, denso, consistente e muito duradouro. Um espetáculo!
Delicado, o aroma destaca o malte em notas de pão branco e farinha pontuado também por suave toque de casca de cereais e lúpulo floral. Exatamente por ser tão sutil, é de se admirar a completa ausência de defeitos - algo muito comum em cervejas desse perfil.
De corpo baixo/médio o gole começa com o dulçor leve do malte, rapidamente cedendo lugar ao amargor assertivo que se projeta no palato. Toques de pão, massa de pizza e biscoito fazem ótimo contraponto ao aspecto floral e amargo dos lúpulos. A carbonatação elevada delineia textura crocante que favorece o frescor e joga a 'drinkability' nas alturas. O final seco e levemente picante culmina num retrogosto amargo, porém não agressivo. Uma delícia.
Ótima cerveja. Talvez a melhor no estilo 'bohemian pilsner' produzida em terras tupiniquins. Vale conhecer.
Líquido ligeiramente turvo de coloração dourada. Creme branco de alta formação, e médias consistência e persistência, que apresentação!
Aroma trouxe inicialmente notas intensas de mel, fermento, e lúpulo floral, e, ao passo que esquentou na taça, o malte e cereais se assomaram. No sabor, muito lúpulo floral e amargor, acompanhado de um bom corpo com toques de mel e malte. Apresenta certa acidez e carbonatação baixa-média. O final é mais seco, amargo intenso, porém equilibrado, e levemente ácido. Retrogosto de média duração mantém o amargor e acidez à boca, e o malte, cereais e fermento vem ao retronasal.
Esse rótulo Bamberg tem uma apresentação sensacional, líquido brilhante, creme bonito e de bela formação. É uma cerveja de aromas intensos desde que a garrafa é aberta, e o sabor não fica atrás. Equilibrada, encorpada, refrescante, aromática e saborosa!
Não posso deixar de dizer que, no meu paladar, ela não é uma Bohemian Pilsner muito tradicional frente aos rótulos tchecos. Os toques de mel e acidez são muito intensos ao longo da degustação, chegam a mascarar o que normalmente é preponderante (malte, cereias), mas é um rótulo de muita personalidade. Até onde me lembro, é a Bohemian Pilsner de amargor mais intenso que já degustei. A experiência é totalmente válida!
Cerveja dourada e translúcida, forma uma espuma volumosa, espessa e duradoura.
No aroma traz um lúpulo bem balanceado com o malte, e uma certa impressão de pão.
O sabor acompanha o aroma, iniciando com um adocicado maltado lembrando pão que evolui lentamente para o lupulado suave e termina com um retrogosto amargo na medida.
Muito equilibrada, me agradou bastante mesmo eu não sendo um fã do estilo, ótima drinkability!