Tomada na cervejaria.
Cor dourada solida e sem carbonatação.
Aroma com notas de limão, suor de cavalo, uvas verdes e carvalho.
Sabor com notas de azedo de limão, carvalho, vinho chardonnay, toronja e um pouco de especiarias. Retrogosto seco e azedo.
Corpo de leve a médio e sem carbonatação.
Achei-a bem elegante com boas notas vinhosas e cítricas em um fundo “funky”.
Ap.3,75 Ar.3,75 Sab.4,25 Sens.4,25 Cj.4,25
Esta cerveja é uma lenda. Todo produtor de lambics tradicionais envelhece sua lambic em barris de carvalho por pelo menos 3 anos, para blendar com lambics mais jovens para a produção da gueuze. Mas poucas são as cervejarias que engarrafam a lambic plenamente madura sem misturá-la a outras mais jovens. É exatamente isso que a Cantillon faz em sua Grand Cru Bruocsella, fruto de barris especialmente selecionados em que a lambic envelheceu durante três anos, dando origem a uma verdadeira joia. A lambic plenamente madura possui uma acidez um pouco mais elegante do que as mais jovens e mostra uma vertiginosa complexidade de aromas de envelhecimento e produzidos pelas Brettanomyces. E mais um detalhe: como não é blendada nem tem adição de açúcares no envase, ela não refermenta e, portanto, chega ao copo totalmente sem carbonatação, parecendo um vinho branco. A safra 2009 (envasada em 2013) mostrou uma bonita cor âmbar, brilhante e transparente, obviamente sem creme, mas mesmo assim formou um "anel" cremoso nas bordas da taça. O aroma explode em camadas de complexidade e mostra frutado bem mais intenso do que os aromas animais. O que mais chama atenção é a profusão de frutas maduras - pêssegos, nectarinas, tangerinas, damascos secos, framboesa e lima-da-Pérsia, misturados a um toque de baunilha do carvalho, sugerindo delicadas tortas de frutas e se aproximando muito da suculência dos vinhos brancos feitos com uvas Chardonnay (meta de vários produtores de lambics). Há muito mineral, apimentado e terroso, bem como toques de madeira seca, mel, pão branco, mostarda, folhas secas e um tiquinho de acético, Os aromas animais das Brettanomyces ficam em segundo plano, bem mais discretos do que na gueuze. Na boca, a acidez é surpreendentemente gentil e elegante, mostrando até uma leve doçura licorosa no início e no final. O corpo é leve, sutilmente oleoso, sem nenhuma sensação frisante e com taninos macios, o que a torna fácil de beber, mas um pouco desestruturada, levando a um final pouco expressivo na boca - seu único ponto baixo. Cerveja clássica, que todo fã de lambics deveria ter a oportunidade de provar uma vez na vida. É uma pena que tão poucos produtores envasem suas lambics maduras em blendar!
Boa cerveja com leve acidez característica das Alambics.
Coloração turva e creme tímido.
Na harmonização podem ser usados pães brioches que são mais doces acompanhados de queijo chamembert ou com sobremesas de freutas cítricas.
Safra 2005. Coloração âmbar alaranjada, turva, sem formação de creme. No aroma, cítrico, madeira e amêndoas. No sabor, alta acidez e baixo amargor. Álcool imperceptível. Baixa carbonatação. Cerveja interessante, gostaria de harmonizá-la com frutos do mar.