Sedimentos - + explicações

Tempos atras surgiu uma discussão sobre sedimentos em algumas garrafas (acho que foi na Maracujipa....não lembro) ... e vira e mexe o tema entra de novo em pauta.

Sempre quis fazer uma pesquisa mais a fundo...mas tempo que é bom ... Enfim, "se Maomé não vai ate a montanha"....

Recentemente tive 02 casos na mesma semana de 02 garrafas de cervejarias diferentes, com sedimentos não aguardados ... surgirem "do nada". Uma Pale Ale da Way e uma Paulistania Escura. Era uma espécie de "pó" ... micro particulas que flutuavam na garrafa ao minimo agito, diferente de sedimentos que ficam depositamos no fundo.

Ate pensei que era o caso de validade, uma vez que a Paulistania tinha 02 meses de vencimento ... mas a Way estava bem dentro da validade. E ja que a "montanha veio ate Maomé", mandei um e-mail pro pessoal da Way, buscando explicações.

Recebi a resposta essa semana ... e achei muito bacana ... entender um pouco dos processos quimicos que podem ocorrer ... e por isso reproduzo a resposta na integra pra vcs (talvez alguns tenham as mesmas duvidas que eu tive):

Olá Alexandre,

Obrigado pela escolha de nossa cerveja, nossa American Pale Ale passa por um processo de Dry-hopping no fim da maturação quando a cerveja está quase pronta, nesse processo é adicionado lúpulos com alta concentração de óleos que dão o aroma característico ao estilo. Com o tempo na garrafa e também devido a outros fatores, proteínas provenientes do malte fazem ligações com os polifenóis do lúpulo adicionados no Dry-hopping e formam esses sedimentos, o que não muda o perfil de aroma e sabor da cerveja, mas unicamente o visual, pela turbidez da cerveja. Existem alguns estabilizantes químicos utilizados pela indústria para atuar nessa estabilidade coloidal, mas não usamos por tratarmos de uma cerveja artesanal sem adição de conservantes e estabilizantes.
Podemos efetuar a troca da garrafa se quiser.

Abraço,
Alessandro Oliveira
41 3653-8853
41 9987-4729
[email protected]
www.waybeer.com.br

Bom, fica ai a dica, caso alguem encontre algo parecido ... pode degustar a breja sem muita encanação....só não vale meleca..rsrsrs

Grande abraço!

Alexandre Gheorghiu escreveu: Tempos atras surgiu uma discussão sobre sedimentos em algumas garrafas (acho que foi na Maracujipa....não lembro) ... e vira e mexe o tema entra de novo em pauta.

Sempre quis fazer uma pesquisa mais a fundo...mas tempo que é bom ... Enfim, "se Maomé não vai ate a montanha"....

Recentemente tive 02 casos na mesma semana de 02 garrafas de cervejarias diferentes, com sedimentos não aguardados ... surgirem "do nada". Uma Pale Ale da Way e uma Paulistania Escura. Era uma espécie de "pó" ... micro particulas que flutuavam na garrafa ao minimo agito, diferente de sedimentos que ficam depositamos no fundo.

Ate pensei que era o caso de validade, uma vez que a Paulistania tinha 02 meses de vencimento ... mas a Way estava bem dentro da validade. E ja que a "montanha veio ate Maomé", mandei um e-mail pro pessoal da Way, buscando explicações.

Recebi a resposta essa semana ... e achei muito bacana ... entender um pouco dos processos quimicos que podem ocorrer ... e por isso reproduzo a resposta na integra pra vcs (talvez alguns tenham as mesmas duvidas que eu tive):

Olá Alexandre,

Obrigado pela escolha de nossa cerveja, nossa American Pale Ale passa por um processo de Dry-hopping no fim da maturação quando a cerveja está quase pronta, nesse processo é adicionado lúpulos com alta concentração de óleos que dão o aroma característico ao estilo. Com o tempo na garrafa e também devido a outros fatores, proteínas provenientes do malte fazem ligações com os polifenóis do lúpulo adicionados no Dry-hopping e formam esses sedimentos, o que não muda o perfil de aroma e sabor da cerveja, mas unicamente o visual, pela turbidez da cerveja. Existem alguns estabilizantes químicos utilizados pela indústria para atuar nessa estabilidade coloidal, mas não usamos por tratarmos de uma cerveja artesanal sem adição de conservantes e estabilizantes.
Podemos efetuar a troca da garrafa se quiser.

Abraço,
Alessandro Oliveira
41 3653-8853
41 9987-4729
[email protected]
www.waybeer.com.br

Bom, fica ai a dica, caso alguem encontre algo parecido ... pode degustar a breja sem muita encanação....só não vale meleca..rsrsrs

Grande abraço!

Valeu por compartilhar a informação técnica. Também já havia me deparado com sedimentos nas brejas do projeto 'Single Hops' da Way, as quais degustei já próximo do vencimento ao invés de tê-las degustado frescas como pede o estilo.

Esse post do blog da Stone também tem ótimas explicações a respeito de sedimentos e turbidez:

blog.stonebrew.com/index.php/chill-haze-the-more-you-know/

Paul K escreveu: Esse post do blog da Stone também tem ótimas explicações a respeito de sedimentos e turbidez:

blog.stonebrew.com/index.php/chill-haze-the-more-you-know/

Muito interessante o texto, sobretudo a informação sobre a variação das propriedades do malte.