Olá, este é o primeiro tópico que levanto aqui no BREJAS, e por um motivo que, acho eu, é bastante relevante dentro da discussão sobre cervejas artesanais em sua composição.
Bom, há alguns dias atrás tive a oportunidade de degustar uma cerveja Bierbaum do tipo Bock. No cardápio do bar estava descrito o caráter puro da cerveja, o que é de se esperar de uma boa artesanal. Até aí, tudo certo. Logo que a cerveja chegou, o emblema da Reinheitsgebot 1516 estava estampado no rótulo, bem às vistas de qualquer um. A cerveja foi servida e, ao passo em que apreciava a bebida, também ia lendo o rótulo. O apelo visual a partir da fórmula 'Reinheitsgebot' me levou a admitir que a cerveja não continha outros ingredientes além dos tradicionais (malte de cevada, lúpulo e água). Mas então, quando cheguei à parte que menciona a composição real da cerveja no fim do rótulo, fiquei profundamente decepcionado. A cerveja traz em sua composição antioxidante (INS 316) e estabilizante (INS 405)!, mesmo tradando-se de uma produção artesanal e evocando e colocando em evidência a 'Reinheitsgebot' e o caráter puro da cerveja.
Me senti ludibriado pela contradição entre o apelo visual e a real composição da cerveja. Afinal, para que serve evocar a fórmula 'Reinheitsgebot' se não para enquadrar a cerveja no nível de pureza esperado? Ou serve só como apelo visual e propaganda para promover a marca?
Enviei um e-mail ao site da Bierbaum, comunicando a minha insatisfação, exigindo que eles mudassem sua receita ou retirassem a fórmula de pureza do rótulo. Mas ainda não tive resposta de ninguém, muito menos do mestre-cervejeiro de lá.
De qualquer forma, deixo registrada minha indignação com a cervejaria Bierbaum, gostaria de não passar por isso novamente com outras artesanais brasileiras. Espero ter levantado um tópico de interesse público, alertando sobre o mal uso da fórmula 'Reinheitsgebot 1516' feito pela cervejaria Bierbaum (do oeste catarinense) e sua falta de compromisso com a qualidade das cervejas que produzem.
Meden Agan