Bonita coloração acobreada com nuances de um laranja queimado e com creme bege que até que surpreendentemente se forma bem para o estilo, mas pouco nos acompanha.
Muito aromática! As notas de caramelo são bem definidas e acompanhadas de sensações de frutas secas, como nozes e castanhas, que são seguidas de perto por notas de flores, como um bouquet que o lúpulo nos provem (delícia) e ainda traz boa citricidade com toques de maracujá, um hint de frutas vermelhas (talves morangos frescos) e algo de ervas. Ainda senti uma sutil sugestão de café. O que peca aqui é a presença excessiva do álcool que acaba por encobrir algumas sensações que poderiam deixar o aroma perfeito.
No paladar as sensações doces dominam, porém não está sozinha, muito longe disso. O caramelo está bem presente e acompanhado de melaço de cana interessante, que com a presença pujante do álcool faz lembrar cachaça. Notas frutadas tem força aqui também, com frutas vermelhas frescas e ainda com uma citricidade de maracujá e laranja, que são seguidas de um hint de café e bom amargor. Uma constante na Breja é o álcool desequilibrando, aqui descendo "rasgando" a garganta.
Corpo cheio, licoroso e com carbonatação mediana, tudo bem gostoso, mas com o álcool prejudicando um pouco a drinkability.
Final bastante doce, mas não incomoda pois o álcool e a secura no fim do gole dão uma boa quebrada; que aninda possui boas sensações de picância, frutas que vem acompahadas de torradas notas lembrando café, finalizando com um fino e gostoso amargor que tem ótima permanência.
O álcool traz boas sensações de picância e uma acolhedora sensação de calor, porém deixa a Breja um pouco desequilibrada pela sua forte presença, mas que não tira os méritos dos caras da Brooklyn.