Depois da expectativa criada, muito pela preferência no estilo e na vontade de se ter uma Ipa decente por um preço razoável, finalmente chegou às prateleiras dos supermercados (o que já é uma conquista, pois são poucas as Ipas disponíveis neles)
Vamos à avaliação:
Aroma moderado, mas melhora conforme a cerveja esquenta. Doce com fundo cítrico e frutado com um certo azedo. O conjunto lembra uma saison ou blonde ale (inicialmente me pareceu estar degustando uma cerveja belga).
Aroma de maracujá é mais sentido do meio para o final da degustação, de acordo com temperatura vai subindo, mas o frutado é forte. O dip hop não surtiu efeito ou a carga de lúpulo não foi suficiente para desprender (como o esperado) o aroma dos lúpulos, pois ficou comedido por toda a degustação, apesar de estar presente e sentido.
* Com relação ao Dip Hop (técnica diferente do dry hopping e que a Kirin diz que com ela se pode diferenciar individualmente os lúpulos utilizados, serão poucos capazes a conseguir essa diferenciação, rs), boa sorte.
O sabor é doce com predominância do frutado/cítrico, onde o azedo do aroma se fez presente, desnorteando este degustador, chegando a incomodar.
O amargor é mais fraco, típico da inglesas, mas pelo menos tem as características americanas: cítrico/frutado, onde um tom resinoso também é sentido, permanecendo até o final do gole, que não é seco.
O maracujá é mais sentido no sabor que no aroma, mas não chega a sobressair como nas primeiras maracujipas.
O corpo é médio/baixo e a carbonatação é média/alta.
A espuma (gosto de falar da espuma no final) é inicialmente alta, abaixando rapidamente, mas permanecendo uma fina camada até o final.
O retrogosto é doce, frutado, cítrico e resinoso.
Resumo da degustação:
Comparando com as Ipas nacionais de destaques, como por exemplo (na minha opinião) as Seasons; as Bodebrown; as Serras de três Pontas; e as minhas (rs), ela fica a ver navios. Sendo de se esperar, pq as propostas em questão são totalmente diferentes.
Em comparação às Ipas de melhor custo x benefício, ela fica no mesmo patamar, diferenciando-se pelo sabor frutado e resinoso.
Conclusão: Vale a compra pelo preço, mas não espere nada de destaque, a não ser pelo frutado. Irá agradar a quem gosta de Ipas mais leves, doces e frutadas; consequentemente desagradar aos lupumaníacos.
Porra Fernando, quero provar as suas agora heim! kkkk! Mas eu já esperava isso, "economizaram" no dry-hopping com esse tal de DipHop! Farei uma analogia "tosca",mas entendi que é o mesmo que comparar SUCO de Caju (Dry Hopped) com REFRESCO de Caju (Dip Hop). Excelente avaliação Fernando, provarei apenas por curiosidade.
E aí Alexandre!!
Cara, acho até que pode surtir o efeito desejado no dip hop, mas como a cerveja briga pelo melhor custo x benefício, seria difícil o aroma exalar com desprendimento, até porque o lúpulo é o ingrediente mais caro na cerveja e fazer cerveja com muito lúpulo para aroma iria encarecer muito a breja, o que inviabilizaria deixar a cerveja com o mesmo preço das demais da linha.
Vlw, vamos seguir com a ideia do encontro dos confrades cariocas, abçs.
Cara, acho até que pode surtir o efeito desejado no dip hop, mas como a cerveja briga pelo melhor custo x benefício, seria difícil o aroma exalar com desprendimento, até porque o lúpulo é o ingrediente mais caro na cerveja e fazer cerveja com muito lúpulo para aroma iria encarecer muito a breja, o que inviabilizaria deixar a cerveja com o mesmo preço das demais da linha.
Vlw, vamos seguir com a ideia do encontro dos confrades cariocas, abçs.