Como não poderia deixar de ser, minha expectativa era bastante alta para conhecer a Sexta Feira. No entanto, de alguma forma, acabei me decepcionando. Esta não é uma cerveja impressionante, o que não significa que não seja honesta. Acredito que a cerveja melhoraria muito se a Invicta resolvesse um problema que acaba com a alta qualidade de suas receitas: a grande quantidade de fermento que vai pras garrafas. É a quarta Invicta em que notei esse defeito... Vamos à cerveja.
Aparência: espetacular! Baixa formação de um creme muito denso, muito fofo, branco, que vai ficando pelas bordas do copo mas não acaba nunca! Corpo amarelo-alaranjado, como uma boa IPA deve ser. Turbidez baixa-média.
Aroma: suave. Os lúpulos aparecem muito de leve, é uma pena terem economizado no late e dry hopping. Pequena sugestão de um doce abacaxi. Sinto também fermento no aroma.
Sabor: saborosa, mas defeituosa. Entrada brevemente maltada, com imediata bancada de um amargor unidimensional, direto, intenso, mas não excessivo. A última sensação deixada pelo líquido, antes do retrogosto, é de pura levedura (o que é horrível, por que confere um amargor desagradável, além de sabor muito ruim). Retrogosto amargo, com suave sensação de lúpulo de sabor encoberto pelo fermento. Nenhuma sugestão de álcool.
Sensação: corpo leve, refrescante e, ao mesmo tempo, assertivo, direto. O amargor do fermento incomoda. O álcool mal aparece, o que é ótimo.
Total: uma IIPA razoável, mas com defeitos óbvios e pouco lúpulo de sabor/aroma.