E tal qual nos deparamos com o inevitável abismo de uma yalnız perşembe, buscamos a oportuna companhia de uma solução mais química para povoar a alma desolada por um vazio absurdo que a ausência da arte deixou. A mais barata de uma sabidamente superfaturada conta de um só ítem deve ser apenas falácia ao prometer o amargor eterno dos lúpulos perdidos de um Oriente Médio cujo mestre cervejeiro provavelmente conhece apenas de nome e/ou estereotipismos. O aroma sim simula algo lupulado sentido em outra galáxia ou outra existência, ao passo que o líquido em si ocupa o único vasilhame disponível engrolando-nos como se uma verdadeira IPA fosse. O acobreado usa um espumoso chapéu que permanece por minutos - boa carbonatação, como se isso fosse um ponto positivo. Ao som de Petula Clark, o saibo, que em última instância é o que realmente conta, revela uma breve acidez crescente que não deixa retrogosto e expõe seu que de aguado e sua ectoplasmática galhardia de quem pretende ser uma legítima Indian Pale Ale. Os prometidos sete por cento certamente lá estão para que o rótulo não deixe mentir; contudo, nada remete ao Oriente Médio e seus lúpulos perdidos plantados às margens do Dicle, do Fırat ou mesmo do Guadalquivir... Cascata! Por gentileza, não usem mais o santo nome das Pale Ales em vão.
Resumiu exatamente o produto. Principalmente quando é vendido à 10 no supermercado perto de casa que uso pra emergência: sempre quando acaba aquela NEIPA Manchester.
Eu ainda acrescentaria ao todo livreto: um quebra-galho!
Eu ainda acrescentaria ao todo livreto: um quebra-galho!