À rebarba imediata de uma dispendiosa revisão automotiva para minimizar os riscos de uma pane na auto-estrada, um caldo enegrecido se revela escorrendo da bela e simples caçulinha de 300mL - uma troca de óleo sem ao menos precisar descer à garagem. Os vapores encorpados de uma Russian Imperial Stout atingem a goteira olfatória de forma poética remetendo a dias melhores nos quaus o balcão da cervejaria era o palco do rolê. Negra retinta como o medo da noite, a linda Iriqui tupiniquim de origem gaucha ocupa um copo adequado e etiliza a alma com seus pertinentes 10,5% de graduação - os russos nunca foram de brincadeira quando o assunto é bebida. A cremosidade a é estrela logo que atinge as papilas gustativas, mas o dedilhado do café torrado com o mix de cereais e lúpulos discretos as massageiam com delicadeza - o som do piano do vizinho de cima traz à tona um retrogosto alcoólico típico, mais lembranças pesadas dos textos livres e despretensiosos embebidos em livres associações. Funciona bem, estamos vivos e vivendo, longa vida às cervejarias independentes!