Uma trapista para o dia de Finados consolar...
A botelha discreta, a nudez do vazilhame, a relação preço/mL elevada, o título de trapista em 5 idiomas distintos no diminuto e losangular rótulo, tudo contribui para criar o ideal de que estamos prestes a degustar uma legítima cerveja produzida sob a supervisão dos monges da Ordem Trapista. Espargido no copo errado por falta de um mais adequado, uma imponente e monumental coluna de espuma se ergue sobre o túrbido corpo laranja-acobreado emanando olências frutadas e florais. O tomar é um espetáculo à parte, um contínuo paradoxo de amargor e dulçor harmoniados pintalgado por notas cítricas. Concordo com o confrade que diz que toda trapista é boa.