A melhor pilsen brasileira, na minha humilde opinião. Coloração dourada, límpida, que brilha no copo com perfeição, coroada por uma espuma densa e persistente.
Aroma floral profundo, além de notas cítricas. No sabor, logo vem um amargor pronunciado, que domina o paladar, com um discreto adocicado do malte, muito encoberto. Encorpada e com boa drinkability, peca apenas pelo amargor um tanto desequilibrado, especialmente no aftertaste.
Uma das melhores pilsens que já provei. Ótimo exemplar nacional, com excelente relação entre custo e benefício. Rivaliza com a Wals Bohemian Pilsner, mas é menos extrema e mais frutada que ela. Vale muito a pena.
Dourada, cristalina, creme branco denso e persistente. No aroma, um certo DMS que não chega a incomodar. De resto é lúpulo e malte, o corpo é medio, o malte perceptível. Eu gosto de lúpulo, mas teria preferido mais aroma e menos amargor, enfim, mais equilíbrio.
Boa cerveja, mas não se compara com as tchecas que bebi em Praga, frescas e na pressão, coisa muito diferente das garrafas oxidadas que chegam por aqui.
Das nacionais, continuo preferindo a Wals Bohemia Pilsner.
Trata-se de uma cerveja translúcida, dourada e borbulhante, correspondente ao estilo. Seu creme é de ótima formação, formando uma barreira enorme, dura e cremosa, com alta duração e que deixa uma linda renda de espuma no copo até o final. O aroma é delicioso, com o lúpulo Saaz predominando e perfumando o ambiente, mas não escondendo o malte por completo. No sabor, a Tcheca continua sendo uma cerveja bem lupulada, mas com o malte abrandando um pouco o amargor, não deixando-o agressivo, mas mantendo seu protagonismo. É uma cerveja leve e refrescante, com ótima carbonatação e que deixa um after-taste amargo e de duração impressionante. Acho que fiquei com seu gosto na boca por uma boa meia hora depois da degustação! Das pilsners que provei, é certamente melhor que a Schiehallion, ficando bem perto da Wäls Pilsen, ainda insuperável pela intensidade de seu aroma.
Belíssima pilsen da Biertruppe que supera suas inspiradoras tchecas (ao menos como elas nos chegam aqui) em complexidade de aromas lupulados e que apresenta um destacado amargor final para os amantes do lúpulo. Boa apresentação desde o bonito rótulo até o copo, em que despeja um líquido dourado médio, transparente, e forma um ótimo creme branco e denso. No aroma ela chega aos seus píncaros de excelência: como é de se esperar, domina claramente o lúpulo, apresentando uma excelente gama de aromas. Ao longo de toda a degustação, predominam as notas cítricas, lembrando grapefruit, acompanhadas inicialmente por um agradável floral e um toque de camomila, e posteriormente por flor de laranjeira e um quê levemente apimentado no nariz. Apesar do rótulo anunciar o apego à tradição tcheca, fiquei com a impressão de que o lúpulo de aroma não é o tradicionalíssimo Saaz (ou pelo menos não apenas ele), mostrando um blend intrigante e original de aromas. Muita fineza e frescor, mas achei que pecou um pouco na persistência: alguns aromas lupulados mostraram-se um tanto fugazes, de forma que ela foi perdendo um pouco de sua expressividade com o tempo. Na boca, predomina mais uma vez o cítrico, eclipsando os florais e condimentados e abrindo espaço, no final, a uma agradável presença do malte que, combinado com o fermento, equilibra o frescor do lúpulo trazendo notas de pão branco e fermento de pão fechando o gole. No paladar, é o amargor quem impera do início ao fim, com uma doçura suave de segundo plano, deixando um final longo e intensamente amargo, de um amargor levemente seco e suavemente oleoso ao mesmo tempo. Sei que a proposta é apresentar uma cerveja de amargor bem presente, mas acho que esse amargor acaba ficando um pouco destacado demais, até um tanto desequilibrado, sobretudo o residual amargo que fica na boca por bastante tempo. Ela mostrou corpo médio e uma textura suavemente acetinada - mais encorpada do que eu estava esperando, o que diminui um pouco sua leveza. Mas tem aquela gostosa sensação de leveza ao engolir e limpeza do paladar das tchecas, fruto da água pouco mineralizada típica do estilo. Trata-se, sem dúvida nenhuma, de uma pilsner espetacular, como poucas que tive a oportunidade de provar, com um excelente frescor e uma grande complexidade de aromas de lúpulo, misturando o cítrico-frutado a uma gama de florais e um toque condimentado (embora alguns desses aromas tenham se mostrado algo fugazes). Apesar do equilíbrio entre malte e lúpulo nos sabores, seu intenso amargor me pareceu se destacar um pouco demais em relação à doçura residual do malte, prejudicando levemente a drinkability. Mas não há dúvidas quanto à excelência da receita, e que venham novas Tchecas, no futuro, ainda mais aprimoradas!