Como eu já coloquei em avaliações anteriores, acho não apenas um desperdício, como burrice mesmo, quando uma artesanal opta por produzir uma american lager para concorrer com cervejas de massa. Não apenas é difícil dar um toque diferenciado como é impossível competir por preço. Pelo menos no primeiro quesito a Insana conseguiu diferenciar sua Gold que tem no corpo, na carga de malte e na presença da levedura alguns diferenciais que dão um toque especial sem prejudicar a drinkability. Uma excelente opção para sessions como churrascos. Mas o preço ainda torna difícil o convencimento para a substituição da cerveja de massa por ela.
Vertida apresentou uma coloração dourada clara intensa, carregada e com um creme branco denso de bom volume e média persistência.
No aroma boa intensidade com uma interessante base de malte pão, mel e algumas notas florais distantes.
O corpo médio proporciona uma sensação sedosa para uma lager o que torna uma experiência mais interessante. Novamente a base maltada é o destaque mas aqui acompanhada da levedura ainda presente e com um final razoavelmente seco e amargo. No aftertaste pão e mel, leves mas bem colocados.
Carbonatação adequada e uma boa drunkability.
No conjunto uma PAL interessante, sedosa e bem feita.
Esta Insana Gold é do estilo Light Lager, sub-estilo Premium American Lager, o qual caracteriza cervejas de baixa fermentação, bem claras e límpidas, espuma pouco persistente, aroma bem sutil de malte e lúpulo, sabor seco e pouco adocicado tendendo ao equilíbrio e/ou com leve predominância do amargor (para demonstrar alguma personalidade), corpo leve e boas carbonatação e refrescância. Enfim, a meu ver, trata-se de um estilo que 'joga para a torcida', sem sabores pronunciados que possam assustar parte dos consumidores. Aliás, diga-se que o estilo Pale Lager é o mais bebido no mundo, daí a importância de agradar ao maior número possível de bebedores.
Traz na receita lúpulo aromático da variedade Saaz, da República Tcheca.
Autêntico ‘Bicho do Paraná’, expressão criada pelo compositor João Lopes, é produzida pela Cervejaria Insana, instalada na cidade de Palmas (sul do Paraná). Foi criada em 2005 por 3 cervejeiros caseiros (Pedro Reis, Evandro Marini e Francelo Carraro) que começaram a produzir para consumo próprio e de familiares. Com o passar do tempo o hobby foi transformado em negócio. Instalada em uma área rural afastada do centro da cidade a Insana conta com uma área de 30.000m² sendo 750m² de área construída e disponibiliza um espaço para recepção de clientes, um amplo jardim e belas paisagens. Há planos de uma visitação guiada pela fábrica. Do portfólio já degustei a Chocolate Porter, a Weizen e a APA.
Validade junho/2014. A garrafa é de 500 ml, cor marrom, com nova identidade visual. O rótulo traz em letras grandes e brancas o nome da cervejaria; logo abaixo, na parte verde, se vislumbra homenagem ao brasileiro Santos Dumont – com a figura do 14 Bis – ‘insano ao desfiar a gravidade e a imaginação projetando aos céus o primeiro avião da história’. Aliás, em cada um dos rótulos da cervejaria, há obras de importantes figuras históricas e consideradas insanas em seu tempo, por criarem, defenderem e compartilharem ideias absurdas, revolucionárias etc. No contra-rótulo há as demais informações, bem completas diga-se.
Vertida na taça revelou líquido de coloração alaranjada, opaca, com mediana turbidez e espuma branca de mediana formação, boa cremosidade e de razoável persistência. Perlage (bolhas) perceptível.
O aroma se revelou agradavelmente aromático, de perfil maltado, e foi possível perceber notas de caramelo, mel e cereais, fermento, bem como lúpulo com sensações herbal e de frutado cítrico de tangerina (IBU 28). O álcool é discreto.
No paladar o líquido se apresenta com uma textura macia e, após um adocicado inicial com notas de malte caramelo e mel, além de fermento, assoma à boca uma boa base de lúpulos com sensações de herbal e cítrico (tangerina), a proporcionar bom equilíbrio com leve perfil lupulado. O final é amargo e seco e o retrogosto é igualmente amargo. O álcool de ABV 5,5% vem bem inserido. O corpo é médio-leve a carbonatação é média. A palatabilidade (drinkability) é elevada, bebe-se fácil!
Degustação agradável, proporcionada por um conjunto harmonioso e refrescante. Boa lager!
Dourada límpida com creme esparso.
Apresentou aroma bastante doce, com cereais e pão abundantes.
O sabor tem boa intensidade, com boa base maltada seguida de amargor relevante, sugerindo ervas, condimentos e pinho.
Corpo leve e carbonatação média.
Boa cerveja, me surpreendeu. Tem conjunto equilibrado, interessante e boa drinkability.
Dourada, baixa formação e duração do creme, baixa carbonatação;
Aroma mediano, malte, caramelo, adocicado, frutado, do meio para o final percebi de forma muito fraca e breve nozes e madeira;
Sabor amargo, se no aroma quem predomina é o malte, no sabor quem manda é o lúpulo, leve cítrico e retrogosto amargo marcante e duradouro.
Não esperava isso tudo dela, dentro do estilo é uma bela cerveja.
