Cerveja de coloração acobreada clara e com boa formação de espuma (média que permaneceu rasa). Boa cerveja, mais equilibrada que a versão weizen clássica da Coruja. Bom corpo e destaque no sabor do malte, pouco amargo e não muito doce. Desce bem.
Foi em 2004, na capital gaúcha, que dois amigos formados em arquitetura decidiram começar a fabricar cerveja. Nascia assim a "Coruja", um dos grandes nomes no atual cenário brasileiro de cervejarias artesanais. Há cerca de dois anos e meio, no entanto, a produção foi transferida para a cidade catarinense de Forquilhinha, mais especificamente na fábrica de uma outra cervejaria artesanal, a "Saint Bier".
A Coruja Alba Weizenbock é uma bock de trigo não-filtrada feita com cinco tipos de maltes.
Antes de dispersar a levedura sedimentada no fundo da garrafa o líquido se apresenta translúcido de coloração cobre. Uma vez misturado, a aparência muda para ocre, completamente opaco. Seu creme bege tem boa formação, demonstrando ótima consistência e longa duração.
O aroma esbanja os tradicionais fenóis de cravo e ésteres de banana caramelizada comuns a uma boa 'hefeweizen', além de toques de melão, groselha e chiclete. Há ainda sutil tostado do malte que não nos deixa esquecer estarmos frente uma 'bock' de trigo. Mais vívido, impossível.
O sabor ressalta o dulçor caramelizado levemente tostado dos maltes de trigo e cevada. Intenso frutado emerge em notas de banana madura, seguido por cravo e ecos de casca de pão doce. O corpo é denso e a carbonatação, fervilhante. O final frutado traz nunces tostadas e agradável presença de leveduras, que repercutem até o retrogosto.
Uma das melhores cervejas de trigo brasileiras que tive a oportunidade de provar - independende do fato de ser 'hefeweizen', 'dunkelweizen' ou 'weizenbock'. Verdadeira maravilha nacional cujo único impedimento é o preço acima da casa dos 20 reais. Não fosse isso, tomaria sempre.
Líquido turvo como uma lama, de cor entre o âmbar, o laranja e o marrom, com creme bege claro, denso e duradouro. Linda! Aroma relativamente complexo, no começo adocicado e com banana e trigo, depois mais fermentado e condimentado, e mais além um pouco de dulçor caramelado também. Sabor ligeiramente adocicado, me pareceu na medida, com bom equilíbrio entre frutado e trigo. Mais para o final do gole, também aparecem ligeiramente amargor e álcool. O corpo ficou um pouco abaixo do que eu esperava em função do que pudesse parecer pela aparência, mas a drinkability é boa e o retrogosto doce/frutado corrigem as sensações. Ótima!
O estilo é típico, único, apresenta, de modo geral, as mesmas características. As variáveis presentes nesta Coruja são a coloração um pouco mais branda e o sabor um tanto quanto adocicado, ressaltando o que já se conhece sobre as propriedades do trigo - cravo e banana. Poria um amargor a mais nesta breja, dando-lhe mais vida e sabor. E só.
Que cerveja incrível... No abrir da garrafa, o belíssimo aroma é percebido de longe. A vontade é de cheirar até perder o fôlego. Seu creme é de qualidade, sua cor é de um amarelo escuro denso. O sabor é de uma clássica weiss de qualidade, com maravilhosos tons de banana, com exceção de duas surpresas: o álcool e o lúpulo aparecem de maneira positiva, equilibrando a breja e colaborando com personalidade.