Coloração ambar, cobre . Muito bonita na taça, é uma cerveja totalmente diferenciada, puxando muito mais pra um licor ou conhaque. Líquido denso e oleoso, encorpado, com muitas notas de carvalho, madeira úmida e couro, tanto no aroma como no sabor sente se um amargor médio, no aftertaste sente-se aquela 'puxada' do álcool elevado e algumas notas de tabaco.
É uma breja que se caracteriza como uma Dipa, mas, sinceramente no meu ponto de vista - mesmo que sinta-se notas amargas e levemente cítricas- é um Lícor de Malte muito bem feito. Não conseguiria relacionar ela nem as Dipas mais alcoólicas que já tomei. Todavia, é uma breja fenomenal, dou nota máxima na 'sensação' pois é algo que não se acha em qualquer lugar ou em qualquer breja com alto abv.
Pessoalmente, degustar essa breja é uma é uma sensação única, ela tem um "charme" próprio, brinca com os sentidos e é altamente complexa em suas caracteristicas e sua produção. Quem tiver a oportunidade -mesmo que o preço não seja muito convidativo- prove-a !
Cerveja de cor ambar deixando marcas de alcool na taça. Nem pense em ver espuma ou alguma carbonatacao.
Aroma doce de malte e madeira, cheira a conhaque. Extranhamente senti algo de abacaxi.
O gosto é similar, tem sabor de um bom conhaque ou whiskey. Os seus 41% de alcool tem um efeito amortecedor na boca, como costuma ocorrer com bebidas fortes. Seu corpo é pesado e oleoso.
Remova agua de sua cerveja e voce sintetizaria este tipo de cerveja, pense nisso se voce nao a reconheça com cerveja. É uma cerveja colocada no amplificador. Eu pessoalmente achei ela com maior drinkability que a maior parte das Malt liquors. Voce tem que degustar em pequenos goles como faria com um excelente whiskey ou rum (Zacapa, nao Bacardi por favor).
É muito saborosa e superior a muitos conhaques e whiskeys, embora muito cara de se fazer.
A Sink the Bismark é, mal comparando, uma aguardente de cevada - ultrapassa as categorias de barley wine e de licor de cerveja. É uma cerveja extrema inventada pelos escoceses loucos da Brew Dog para ser um tiro de misericórdia nos alemães da Schorschbräu, que roubaram deles o título de cerveja mais forte do mundo que antes pertencia à Brew Dog Tactical Nuclear Penguin (32% ABV). É uma vingança muito bem executada apesar de os alemães terem depois contra-atacado elevando a Schorchbock para 43% ABV.
O approach aqui tem que ser diferente, não tem outro jeito. Lembrando que 41% ABV é até acima de algumas cachaças nacionais famosas. É preciso beber em doses pequenas, portanto, optei pela dose de 100 ml - muito mais em conta que o preço absurdo da garrafa de 330 ml no Brasil. É preciso também NÃO esperar que seja parecida com qualquer outra coisa que você já bebeu.
A carbonatação é zero, nem sinal de espuma mesmo despejando do alto. A cor é amarela levemente acobreada, densa e turva. A consistência é viscosa, e o aroma de álcool se destaca, acompanhado de um leve adocicado de malte caramelo e lembrando maracujá. Na boca, é pesada e licorosa, com a doçura inicial (com um pouco de azedume de maracujá e... tamarindo?) sendo logo substituída por um amargor extremamente intenso e duradouro.
Como dizem os caras da Brew Dog nas suas propagandas, é cerveja para quem se dedica ao ramo. Uma experiência realmente singular mas, obviamente, pela personalidade dela e pelo preço, não é uma cerveja para qualquer dia.
Degustada em conjunto pela CCP.
A degustação desta cerveja é marcante por dois motivos: primeiro porque é, atualmente, a cerveja mais alcoólica do mundo; segundo porque é uma bebida com uma das piores drinkabilities. O aroma surpreende quando comparado à sensação na boca, porque é doce, com maracujá, frutado mas extremamente intenso; sente-se que algo diferente está por vir. Na boca possui um amargor extremo, que tenta formar um conjunto equilibrado com a quantidade altíssima de álcool, mas no final os dois são altamente intensos na boca, neutralizando o frutado sugerido no aroma. No copo é densa, espessa, amarela clara, parecendo muito um licor, inclusive na sensação na boca. Mesmo assim, é surpreendente degustar esta cerveja, que sugere novas percepções e e pede que seja degustada sob este contexto.
Uma cerveja impressionante feita para impressionar. Com certeza as cervejas de graduação alcoólica extrema da Brew Dog não brilham como as outras (incluindo a Tókio com seus 18,2%), que na minha opinião são todas cervejas geniais e que dá para beber no cotidiano. Mas não deixa de ser uma "experiência". A Sink de Bismarck tem um rótulo lindo em sua combinação de cores. É uma cerveja extremamente complexa. Seu aspecto principal é sua graduação alcoólica com 41%, mas a presença do lúpulo extremamente destacado e amargo também têm papel fundamental. É ele que nos dá alguma sensação já conhecida e nos remete ao que seria uma IPA. É uyma cerveja para aprender a degustar, a começar pela quantidade e momento. Deve ser por isso que a garrafa, apesar de pequena (330ml), vem com uma tampa para vedar - deve-se beber mínimas porções. O momento deve também ser especial, talvez como um digestivo depois de uma bela refeição. Talvez para contrabalançar uma outra cerveja mais refrescante. Fica a vontade de descobrir essas nuances em outras ocasiões.