Cervejas On Tap

Quando do aparecimento dos bares com diversas torneiras para cervejas on tap confesso que fiquei bastante empolgado. Achei que finalmente teríamos cervejas muito frescas e vivas. Mas ultimamente, fazendo um balanço de minhas andanças (do EAP em São Paulo ao Hop'n Holl aqui em Curitiba), tenho percebido que as cervejas servidas apresentam uma qualidade bastante inferior às mesmas engarrafadas. Cervejas cansadas, mal servidas, em temperatura inadequada, com problemas de conservação …
O que era para ser um fator de promoção das cervejas locais tem me parecido um baita bad marketing.
Deixo no ar a pergunta ao amigos se estão tendo a mesma percepção. Se sim, será um problema de conservação, de câmara fria, de vida útil dos barris abertos, de qualidade das cervejas …?

Jota, eu tenho a mesma percepção que você. Salvo exemplos isolados, a maioria das cerveja que eu bebi aqui em São Paulo na pressão mostraram-se inferiores às mesmas cervejas na garrafa. Já houve ocasiões em que pedi um chope, veio ruim, pedi para trocar por outro, veio ruim e etc., e eu só achei aceitável na quarta tentativa. E eu sou um consumidor chato; não pago por chope com defeitos óbvios.

Não sei se são os preços, que são muito altos para haver rotatividade suficiente, não sei se é um problema de acondicionamento inadequado, de higienização deficiente, mas o fato é que não tenho botado fé nos chopes servidos em bares especializados aqui em Sampa City.

Nossa, que bom ouvir isso! A primeira vez que provei uma Gulden Draak Quadrupel foi num bar que tem em Ipanema, aqui no RJ. Estava bem ansioso pra provar essa Breja tão falada, ainda mais vinda do barril.
Logo no primeiro gole, além de estar muito mais quente do que o recomendado, achei muito estranha, parecia cachaça de tão presente estava o álcool, mas como era a minha primeira vez com ela não falei nada.
Não satisfeito, comprei uma garrafinha pra tirar a prova real e aí esta a confirmação: Aquela breja do barril estava realmente com alguns defeitos horríveis, não sei porque!

Tenho tido a mesma percepção. Via de regra as garrafas apresentam uma condição muito superior ao que nos oferecem on tap. Atribuo a uma série de problemas como: armazenamento inadequado, falta de estrutura de refrigeração, descaso com o consumidor (abrem barril, fica um tempo se não girar tiram... e esse mesmo barril volta um tempo depois). E também há outro aspecto, a realidade é que estamos engatinhando em termos de mercado produtor / consumidor de cerveja... ainda vejo inúmeras cervejarias (chamemos de micro, artesanais, enfim...) que não conseguem ter um padrão, o produto final acaba variando muito e aqui não tem essa de não aproveitar um lote. Enfim espero que o mercado como um todo adquira uma maior maturidade e a qualidade do produto seja mais consistente, mas isso, pelo visto só com o tempo.

P.S em relação aos on tap escrevo pelo que vejo nos bares de São Paulo e Curitiba (mais Curitiba) que tenho frequentado. Então assino embaixo desta tua percepção Jota Fanchin.

Ou todos estão com azar ou eu com sorte, mas faz tempo que não encontro uma cerveja (on tap ou mesmo em garrafa e lata) com defeitos perceptíveis.

Outro dia passei por uma experiência curiosa, com a Teresópolis em garrafa. Era a melhor opção em um restaurante aqui em Brasília naquele momento, então pedi uma e estava boa. Na segunda garrafa, uma mudança drástica, um gosto azedo, creio que seja oxidação, é isso? Ainda assim não estava sem a carbonatação, ou seja, creio que o problema não seria com a vedação da garrafa. Enfim, neste fim de semana fui ao EAP (primeira vez) e o primeiro chopp que pedi foi o Vitus, que estava com o mesmo azedo no retrogosto, ainda que em menor intensidade. Fiquei cabreiro com isso e só tomei as seguintes em garrafa, com receio do que já tinha lido aqui...