Produto da cervejaria uruguaia "FNC SA", a "Patricia" é uma das marcas mais conhecidas do país. Desde 2007 parte da gigante ABInbev, a história da cervejaria começa em 1886, quando Conrado Niding inaugurou sucessivamente as cervejarias “La Popular”, “A Vapor” e “La Montevideana”.
Durante as décadas seguintes uma sucessão de vendas, compras e fusões foram dando volume ao negócio. Reagindo contra a crise mundial de 1930, a fusão que estabeleceu o atual nome da nova companhia se deu somente em 1932 com o surgimento da "FNC" - “Fábricas Nacionales de Cerveza S.A.”
Apesar do nome "Patricia Weisse" sugerir uma cerveja de trigo feita segundo a tradição alemã, a verdade é que ela se inspira mesmo é na 'witbier' - cervejas de trigo belga. Isso fica evidente quando se observa os ingredientes descritos no rótulo, dentre os quais estão extrato natural de laranja e coentro.
Líquido turvo, amarelo pálido, com formação média de espuma branca de baixa duração.
O aroma forte - não muito agradável - une notas artificiais de laranja a traços de milho, malte de trigo e coentro. Notas esparsas de alho, gengibre e sal de fruta aparecem aqui e ali. A impressão que se tem é de estar cheirando alguma coisa salgada, tal qual uma salmoura.
Na boca se mostra demasiadamente leve e até mesmo aguada. Inegável presença de milho surge acompanhada de intenso 'off-flavour' sulfítico sugerindo alho e mercaptano - o horror. Toques de coentro e limão podre surgem no final, ratificando esta terrível experiência. Leve sensação cítrica não dá conta de aliviar o caminhao de 'off-flavours' que se estende ao retrogosto.
Uma cerveja monstruosa, genuína aberração industrial. Fuja!