Pilsner Urquell

Eis que encontro na promoção a famosa Pilsner Urquell, a receita de onde derivam todas as pilsner! Eu li em algum lugar que uma contaminação tinha tomado conta de muitas cervas que estavam estocadas onde hoje é a República Checa. A gurizada se livrou do trago bichado e chamou um alemão maluco que, com a ajuda da bugrada do lugar, fermentaram o primeiro lote da tal Pilsner, a primeira ale com baixa fermentação.

Quando me dei conta, estava revivendo essa história enquanto olhava para a cerva servida no meu copo. A primeira Pilsner hein? Com um creme típico da espécie, pouco espesso, ela tinha uma coloração amarelo escuro, quase queimado mesmo. Mas de queimado só tinha a cor. O cheiro era de lúpulo; um lúpulo claramente diferente das marditas belgas e alemãs, mais penetrante e levemente perfumado. Bonita essa tal de primeira Pilsner...

Para quem está na berlinda da degustação, como eu, dá pra dizer que essa receita é um bom exemplo de cheiro e gosto de lúpulo. Memorizar! Mas não é um amargor violento e chato; ele é saboroso! Aliás, bastante saboroso. Quando estava no segundo gole, comecei a salivar - acho que essa é a primeira cerveja que me fez realmente apreciar um sabor amargo; sendo que eu sou chato que não gosta disso. Devia ter comprado duas... Ou três...

Retrogosto de média duração que ressalta o amargo-delícia. Resumo dizendo que muitas cervas degradaram essa receita. Estou aceitando exemplares de aniversário.

hoje degustando a mítica cerveja checa que deu origem a todas as outras cervejas do tipo pilsen. Cerveja de cor dourada bem brilhante, com creme branco de media duração e media densidade. O aroma é muito lupulado e com presença do malte.
O sabor é inigualável nunca vi algo igual em uma pilsen, apresenta o dulçor do malte com
o forte amargor do lúpulo.
Retrogosto de lúpulo muito refrescante, com muita drinkability.

AP: dourada, clara, límpida e com espuma branca
AR: lúpulo marcante te chamando para beber
SAB: malte mais lúpulo quase em equílibrio, puxando pro amargor do lúpulo
SEN: carbonatada, leve e refrescante
CONJUNTO: cada gole é uma aviso: esta é uma Pilsen de verdade, esta é uma Pilsen de verdade. Ótima!

Líquido de coloração dourado escura, tendendo até a uma tonalidade âmbar, translúcido. Creme alvo de baixa formação e breve.
Aroma traz biscoitos, mel, e notas de lúpulos florais e herbáceos. O sabor segue o padrão do aroma, malte e lúpulo trabalhando harmoniosamente até o final. Retrogosto seco trazendo amargor, além de toques florais e herbáceos, de média duração.
Pilsner Urquell remonta a origem do estilo, e a degustação em si já é uma experiência cervejeira positiva. Representa a mim a Bohemian Pilsner mais forte que já degustei, nos primeiros goles, chega a raspar na garganta, mas vale salientar que essa breja apresenta seus aspectos de malte e lúpulo de forma muito equilibrada, é refrescante, e, ao mesmo tempo, diferente de outras Pilsner, tenho a sensação de um corpo mais pesado nela, uma sensação saciante única. Interessantemente, a versão "on tap" não trouxe as sensações esperadas na degustação de Urquell em garrafa com tanta intensidade.
Um salve à Pilsner pioneira!

Aparência com coloração dourada e médio creme.
Aroma bem lupulado para uma lager.
Sabor com bom amargor mas bem equilibrada no geral.
Uma grande cerveja, clássica!