Achei muito curioso o fato dessa cerveja ter sido inspirada no trailer de "Machete", veiculado na abertura de "Grindhouse" (Planet Terror - Death Proof, 2007), anos antes do lançamento do longa "Machete", de Robert Rodriguez, em 2010. O personagem principal 'Machete' é um mexicano violento e duro na queda. Em vista disso, a expectativa é de uma IPA de arrepiar os cabelos. Vamos lá!
Líquido de média turbidez e coloração âmbar acobreado. O creme é farto, denso, consistente e duradouro.
O aroma de desperende com extrema facilidade. Lupulos terrosos e hebáceos fazem a festa do olfato embalado por uma forte pegada cítrica, toranja e uma pitada de cheiro de "suvaco suado", também conhecido como "cecê". Mais orgânica impossível!
Na boca ela apresenta médio corpo e boa carbonatação. Bem servida, a qualidade dos ingredientes é notável, com malte e lúpulo em doses extratosféricas, forjando um sabor no melhor estilo "bittersweet", de personalidade e bem resolvido. Além disso destacam-se notas amadeiradas e resinosas, com sugestão de sumo de laranja, maracujá, mel de flores e aniz. O final é longo e seco, com retrogosto persistente, levemente tostado e amargo.
Ótimo exemplo da qualidade da nova escola cervejeira italiana, “Machete don’t text”. Machete é 'birra maschio' e mostra que na terra do vinho também se faz brejas de respeito.